Aumento de impostos federais, e em Minas, atinge quem consome e gera emprego, adverte deputado Abi-Ackel

“Como sempre, essas medidas de ‘reorganização’ propostas pelo governo afetam o consumidor, o empresário”, disse tucano

Acompanhe - 02/09/2015

Paulo Abi Ackel Foto George Gianni PSDB 3Brasília – O governo federal anunciou, na segunda-feira (31), modificações na área tributária que levarão os brasileiros a pagarem mais impostos em diferentes áreas. Entre as medidas estão a elevação da alíquota que incide sobre vinhos e destilados, o fim da isenção do IOF para empréstimos do BNDES e o término do programa de inclusão digital, que retirava a incidência de PIS/Cofins sobre computadores, smartphones, modems e roteadores.

Para o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), a proposta não deve trazer benefícios à economia nacional. “Como sempre, essas medidas de ‘reorganização’ propostas pelo governo afetam o consumidor, o empresário. Atacam quem consome e gera emprego”, disse.

O parlamentar acrescentou que, na sua avaliação, o governo não atua com precisão nas áreas que realmente melhorariam as contas públicas. “O governo alega que aumenta impostos porque precisa arrecadar. Mas por que não corta gastos dentro de sua máquina pública? O pior é que essa mesma máquina pública que está inchada é a máquina que permite ao BNDES financiar obras no exterior, em países que têm afinidade ideológica com o governo do PT”, declarou.

Outra proposta de aumento de impostos foi apresentada pelo governo de Minas Gerais, também administrado pelo PT, com Fernando Pimentel. A ideia é elevar a elevar em dois pontos percentuais a alíquota do ICMS sobre artigos como cerveja sem álcool, armas e outros itens. O governo estuda ainda, segundo reportagem do jornal O Tempo, acabar com a isenção do IPVA para veículos off-road, que vigora no estado.

Reforma tributária
Abi-Ackel condenou o governo federal por não ter promovido uma reforma tributária. Para o tucano, a situação, além de desorganizar a economia, é danosa por se transformar também em uma ‘moeda de troca’ nas negociações políticas.

“É interessante para o governo a manutenção desse ‘monstro de sete cabeças’ que é o regime tributário brasileiro. Porque aí se pode conceder alguns benefícios de forma pontual, aqui e ali, e assim manter uma satisfação da base”, declarou.

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02/09/2015