Aumento de impostos por decreto é “brincadeira de mau gosto”, diz Tebaldi
Reportagem do Estadão mostra que governo estuda elevar três tributos: IOF, IPI e Cofins
Brasília – O governo federal cogita aumentar por decreto os impostos Cide, IOF e IPI. Os tributos podem ser elevados por um ato unilateral do Executivo, sem necessidade de aprovação pelo Congresso, e essa “agilidade” é vista pelo governo como uma alternativa para aumentar a arrecadação. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo da segunda-feira (7).
Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), a ideia é um desrespeito à sociedade e um contrassenso em um momento em que o país precisa expandir sua economia.
“É uma grande brincadeira de mau gosto. O governo já mentiu, já prejudicou a sociedade de inúmeras formas, e agora vem com essa sugestão, logo depois de ter buscado reativar a CPMF”, disse o parlamentar.
Tebaldi defende que o Legislativo e a população precisam apresentar uma reação à proposta, como caminho para derrubar a possível elevação das alíquotas.
“O PT quebrou o país. E, como já fez outras vezes, apresentou a conta aos trabalhadores e à classe média. Se o governo é incompetente, é melhor que peça logo para sair, do que ficar agindo dessa forma”, destacou.
A reportagem do Estadão estuda que o aumento da Cide – que incide sobre combustíveis – é a medida com a implementação mais caminhada. Uma das propostas é elevar o tributo de R$ 0,22 por litro para R$ 0,60 por litro. Segundo a matéria, a proposta, apesar de ampliar a arrecadação do governo, geraria impactos à inflação.