Aumento do desemprego no governo Dilma acentuou desigualdade entre ricos e pobres no país
A crise econômica instalada pelo governo Dilma Rousseff e o alto índice de desemprego no país têm feito subir em larga escala a desigualdade entre ricos e pobres. De acordo com levantamento feito pelo professor da Universidade de São Paulo Rodolfo Hoffman, publicado nesta segunda-feira (20) pelo jornal Folha de S. Paulo, há um descompasso no rendimento dos que estão no topo e na base da pirâmide social brasileira – com uma perda de renda observada na metade da força de trabalho mais pobre entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período em 2016.
Já entre os 10% mais ricos, foi observado um aumento na renda. A pesquisa mostra ainda que esse efeito ficou mais acentuado durante o segundo mandato da presidente afastada Dilma Rousseff.
O estudo também aponta que subiu o número de pessoas que recebem menos que o salário mínimo. No primeiro trimestre deste ano, quase 27 milhões de trabalhadores informaram receber como renda de trabalho até R$ 600 por mês.
A deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) concorda e afirma que é um sinal da falta de compromisso do PT, que sempre prometeu em seus discursos maior comprometimento com a população carente. “Esse indicador nada mais é do que falta de planejamento, falta de gestão, falta de divisão e realmente, pensando nas eleições e não pensando nos programas que tem aí um investimento, um retorno a longo prazo”, afirmou.
O resultado desse cenário, para Geovânia de Sá, é observado no menor poder de compra das famílias mais pobres e maior dependência dos programas de renda. “Acaba refletindo no poder de compra do brasileiro. O reflexo é maior vulnerabilidade, maiores famílias dependentes dos programas de renda e, consequentemente, vamos ver esses indicadores maiores.”
A pesquisa prevê que a desigualdade total – que compara a renda das famílias mais pobres e mais ricas – também deve avançar.