Brasil tem maior número de empresas rebaixadas na América Latina

Acompanhe - 24/03/2016

Economia Bovespa Foto Fabio Pozzebom ABrO Brasil foi o país com o maior número de empresas rebaixadas pelas agências de classificação de risco no ano passado – 75% das revisões feitas na América Latina. De acordo com matéria do jornal Correio Braziliense desta quinta-feira (24), balanço realizado pela empresa Fitch Rating aponta que 48 companhias sofreram corte de notas e a perspectiva é de novas perdas de rating, segundo o documento. A América do Norte respondeu por cerca de 45% das elevações das notas em 2015.

“O risco de novos rebaixamentos paira sobre as empresas brasileiras é evidenciado tanto pela perspectiva negativa da nota soberana do Brasil como pela perspectiva ou observação negativa de 50% do portfólio de companhias brasileiras”, afirma a agência em nota, ressaltando que, em fevereiro, deixou em perspectiva negativa 53% das empresas nacionais e apenas 6% com previsões positivas para o ano.

Segundo o Correio, o relatório mostra ainda que o fluxo de caixa das empresas brasileiras deve recuar a níveis inferiores aos já vistos durante a última década e, pela sua avaliação, somente 19% das companhias que emitem papel, com ratings internacionais, possuem fortes condições para passar o ano sem riscos aos seus perfis de crédito. Entre os setores com alto risco de crédito estão o aéreo, de construção e de açúcar e etanol.

Nota brasileira

No relatório divulgado em 19 de janeiro, a Fitch já havia informado que a recessão econômica instalada pelo governo da presidente Dilma Rousseff no Brasil poderia ser mais profunda e prolongada do que o previsto pela agência de classificação em dezembro, quando rebaixou o rating do país para o grau especulativo. A nota soberana brasileira já foi rebaixada por outras duas agências: Moody’s e Standard & Poor’s.

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24/03/2016