“Brasil vive momento delicado sob ponto vista econômico e político”, aponta Anastasia
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) evidenciou nesta segunda-feira (06/07) no Plenário do Senado Federal a sua preocupação com os rumos do País. Segundo ele, o Brasil vive um momento muito delicado sob o ponto de vista econômico e político. Ele destacou o processo de desindustrialização, com o fechamento de empresas e o aumento do desemprego.
“Sob o ponto de vista econômico eu fiz um levantamento na imprensa do meu Estado, nos últimos quinze dias, e percebemos o grande número de empresas fechando, empresas grandes, grandes programas, alguns iniciados no meu Governo, que lamentavelmente não estão encontrando mais condições de funcionamento”, destacou Anastasia, que foi governador de Minas Gerais entre 2010 e 2014, tempo em que centenas de novas empresas foram atraídas para o Estado.
Nos últimos dias, no entanto, a Petrobras anunciou a ‘hibernação’ da fábrica de amônia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, que iria levar para aquela região mais investimentos e empregos, junto com um novo gasoduto que passaria pelo Centro-Oeste do Estado, Alto Paranaíba e Triângulo. Notícias também dão conta da diminuição da atividade econômica na construção civil e o fechamento de empresas importantes.
“Alguns (empreendimento parados) anunciados pela Petrobras, como é o caso da fábrica em Uberaba; outros como a questão dos blindados, a Iveco, em Sete lagoas; a indústria têxtil; a Alcoa, em Poços de Caldas, uma grande empresa internacional fechando a sua unidade. Em vários setores econômicos, lamentavelmente, estamos tendo notícias ruins, o que é muito grave, porque é claro que a economia acaba sempre estimulando o bom humor como um todo da nossa sociedade. É um quadro, de fato, extremamente negativo”, lamentou o senador.
Crise política
Quanto à crise política e o descrédito que hoje assola o Governo Federal, Anastasia também se mostrou preocupado. Segundo ele, o Brasil tem instituições fortes e qualquer processo seguirá a ordem constitucional, como ocorre em um País democrático.
“Não vamos fugir jamais das instituições, do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, os órgãos que fortalecem e fazem a nossa democracia. Se a decisão vier do Congresso Nacional, do Poder Judiciário, são decisões constitucionais, previstas no nosso ordenamento jurídico, claro, devem ser respeitadas, observado sempre o chamado devido processo legal. Felizmente, vivemos numa democracia plena, com instituições sólidas, que foi uma herança dos mais de 25 anos da nossa Constituição Federal de 1988”, afirmou o senador.
Da assessoria do senador