Brics: Brasil cresce menos que a média dos parceiros, mostra estudo

Acompanhe - 13/10/2015

economia-dinheiro-moeda_ebcUm estudo sobre os Brics, feito por economistas e analisado de forma minuciosa em reportagem publicada no jornal “Valor Econômico”, na edição desta terça-feira (13), mostra uma posição nada contável para o Brasil quando o assunto é crescimento econômico.

O país, juntamente com Rússia e África do Sul, apresenta taxas de expansão bem abaixo dos parceiros dos Brics.

“Em uma análise comparativa, os economistas André Nassif, Carmen Feijó e Eliane Araújo mostram que o crescimento médio mundial de 1961 a 1979 foi de 4,8%, caindo para 2,8% por ano entre 1980 e 2013. Entre os Brics, o Brasil foi a economia a mostrar maior desaceleração entre os períodos, de alta média de 6,9% ao ano para 2,4% ao ano”, diz a reportagem.De acordo com o “Valor”, como exemplo, o estudo mostra que, com exceção da Índia, todos os países mostram declínio do peso da indústria no PIB – e Brasil, Rússia e África do Sul registraram as maiores perdas, especialmente pós 2000, quando essas economias foram bastante beneficiadas por altos preços de commodities no mercado internacional. No caso de Brasil e África do Sul, o forte fluxo de capitais contribuiu ainda para uma significante valorização em termos reais de suas moedas a partir da segunda metade dos anos 2000, agravando o cenário.”Ainda conforme a apuração, “os três países com as menores taxas de expansão do PIB e também com os maiores reduções do peso da indústria no PIB – Brasil, Rússia e África do Sul – são também os que apresentaram as piores taxas de produtividade com relação aos Estados Unidos a partir dos anos 1980, distância que só aumentou nas décadas seguintes.”

O jornal destaca também que “no comércio exterior, em relação ao total exportado, as exportações de manufaturados no Brasil caíram de 61,8% em 2000 para 44,6% em 2013. ”

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13/10/2015