Caio Narcio critica atrasos nos pagamentos da dívida de Minas Gerais com a União
O pagamento das contas públicas em dia parece ser algo cada vez menos frequente na administração do governador Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais. Após anunciar o escalonamento do salário dos servidores, o petista passou a atrasar o saldo dos débitos com a União, que devem ser pagos mensalmente até o dia 30 ou no primeiro dia útil seguinte. O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) considera o atraso como algo “natural”, por conta do histórico de irresponsabilidade do PT.
“Vejo isso (atrasos) com naturalidade. Por onde passa, a administração do PT é marcada por irresponsabilidade fiscal, por não honrar seus compromissos, e aqui em Minas não é diferente. Durante os 12 anos em que o PSDB governou o estado, nunca deixamos de pagar nossos compromissos em dia, mas com o PT, esses atrasos acontecem”, analisou.
O estado corre o risco de ter seus impostos retidos sem qualquer tipo de aviso prévio enquanto não quitar seus débitos, segundo informações de matéria publicada pela Folha de São Paulo nesta sexta-feira (5). A parcela da dívida, no valor de R$ 500 milhões por mês, foi paga com atraso em janeiro. O débito a ser quitado em fevereiro ainda não foi pago, o que só deve acontecer no próximo dia 11. Pelos frequentes atrasos, o Tesouro Nacional já incluiu Minas Gerais na lista de inadimplentes. Narcio acredita que a retenção dos impostos pode prejudicar ainda mais a vida do mineiro em 2016.
“Se o governo federal realmente agir, como deve, pode haver paralisação dos serviços mais básicos em Minas Gerais, como educação, segurança, deixando o estado em uma situação ainda mais calamitosa. Tudo isso mostra um despreparo no controle da máquina administrativa e uma noção zero de gestão pública”, destacou o parlamentar.
No final de dezembro do ano passado, a dívida mineira com a União chegou a R$ 77 bilhões, e a expectativa é de que o débito só possa ser quitado em 2033. A projeção atual é de que o estado termine o ano de 2016 com um rombo de R$ 10 bilhões no orçamento.