Carlos Sampaio pede vista e votação de relatório sobre investigação de Protógenes é adiada
O deputado Carlos Sampaio (SP) pediu vista ao relatório de admissibilidade para investigar o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) sobre possível ligação com Carlinhos Cachoeira. O pedido foi seguido por outros deputados que integram o Conselho de Ética da Câmara.

Brasília – O deputado Carlos Sampaio (SP) pediu vista ao relatório de admissibilidade para investigar o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) sobre possível ligação com Carlinhos Cachoeira. O pedido foi seguido por outros deputados que integram o Conselho de Ética da Câmara.
Para o líder da Minoria na Câmara, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), o adiamento da votação foi muito oportuno. Segundo o parlamentar, esse tempo vai permitir que todos possam se aprofundar no caso. De acordo com o tucano, a CPI tem ocupado o cenário político. “A comissão tem tomado praticamente o tempo e as energias e agora vamos analisar esse caso correlato, que também exige cuidado e atenção”, afirmou.
Na semana passada, o relator Amauri Teixeira (PT-BA) apresentou o voto acolhendo representação do PSDB contra Protógenes. No documento, ele defendeu o aprofundamento das investigações.
Para Mendes Thame, o julgamento de um parlamentar exige responsabilidade. Segundo ele, é necessário fazer uma reflexão, uma vez que o PT tem duas posições: o líder, deputado Jilmar Tatto (PT-SP) diverge do relatório de Teixeira, que defende a apuração.
De acordo com o relator, existem indícios suficientes de que Protógenes se portou de forma incompatível com o decoro parlamentar, justificando a instauração de processo ético-disciplinar. Teixeira disse que um deputado não pode manter relacionamento próximo com um notório contraventor e, pior, auxiliando-o diante das investigações feitas pela Polícia Federal. O relator afirmou que o delegado é acusado de mentir em público sobre a relação com Idalberto Matias de Araújo (Dadá), ligado a Carlinhos Cachoeira.
Protógenes manteve conversas gravadas pela Polícia Federal com Dadá. Nelas, o comunista dá dicas sobre como o acusado deveria se portar diante de investigações. Em uma das conversas, os dois combinam depoimento que prestarão à Justiça. Nos áudios divulgados, Dadá chama o deputado de “professor” e “presidente”. Ele auxiliou Protógenes na Operação Satiagraha.
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