Cássio Cunha Lima diz que PT quer atrasar trabalho da comissão do impeachment
Acompanhe - 25/04/2016
O Senado elegeu nessa segunda-feira (25), em votação simbólica, a comissão especial do impeachment que vai analisar o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Os 21 integrantes darão início aos trabalhos nesta terça-feira, quando serão eleitos o presidente e relator do colegiado. A polêmica, no entanto, está em torno da escolha do relator da comissão, responsável por emitir um parecer sobre o pedido de impeachment. A base governista é contra a indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). A alegação é que Anastasia é um dos maiores aliados do presidente presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, principal líder da oposição, o que tiraria a legitimidade do processo. Em entrevista coletiva, o líder dos tucanos no Senado, Cássio Cunha Lima, rebateu o argumento petista.

“Não há impedimento legal. Não há vedação regimental para que o senador Anastasia possa exercer a relatoria. É um homem preparado, formado em direito, constitucionalista, equilibrado, que tem bom senso, não está em busca de holofotes. Não há hipótese de você encontrar alguém mais preparado, mais qualificado do que o senador Anastasia para esta tarefa”, destacou.
Para o líder tucano, a crítica do PT quanto à indicação do senador Anastasia é mais uma tentativa de atrasar os trabalhos da comissão.
“E esse questionamento quanto a indicação do senador Anastasia deixa claro mais uma vez essa tentativa de obstruir, obstacular as apurações. Tudo que o PT tem feito é nessa direção. Não apenas no que diz respeito ao andamento do processo de impeachment, como também na lava jato”, afirmou.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado para assumir a presidência da comissão, defendeu a indicação de Anastasia para a relatoria da comissão, mas admitiu que, diante da resistência do PT, pode ser realizada uma eleição para definir quem irá ocupar o posto de relator.