Com 60 milhões de devedores, empresas e clientes buscam alternativas para saldar dívidas
Existem mais de 60 milhões de inadimplentes no Brasil que, juntos, já devem cerca de R$ 256 bilhões. O número de contas e faturas atrasadas não para de crescer. O índice já é de 41% da população com mais de 18 anos com contas atrasadas. Trata-se da maior marca já registrada desde o início dessa medição, pela Serasa, em 2012. A administradora de empresas e deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) acredita que a crise imposta no país durante os últimos anos reduziu o poder de compra e impactou consumidores e empresários brasileiros.
“O poder de compra do brasileiro acaba reduzindo e o empresário que precisa do pagamento não consegue receber. E aí todo mundo sofre com essa situação. E é como eu digo, é um ciclo. A pessoa tá desempregada, perde o poder de compra e, consequentemente, não consegue honrar os seus compromissos. O consumidor sofre e o empresário também sofre porque com certeza ele gostaria de ver sua empresa com seus clientes todos em dia”, disse a parlamentar.
A gerente financeira Lúcia Sakamoto é responsável por uma empresa de conserto de motores e máquinas pesadas em São Luís, no estado do Maranhão. Ela conta a dificuldade em receber pagamentos dos clientes em tempos de crise.
“Eu tenho dinheiro para receber, mas infelizmente não recebo porque ninguém está pagando. Isso está virando uma bola de neve para todo mundo. A gente tem que ter jogo de cintura com eles ou a gente não recebe. É dessa forma, não cobrando juros e facilitando. Dando mais prazo para que eles paguem quando puderem”, declarou.
Diante de tantos inadimplentes, muitas empresas tentam de forma amigável parcelar a dívida. Em casos mais extremos, os empresários recorrem a justiça para reaver o valor.
