Com Dilma, obras de saneamento básico não saíram do lugar

Acompanhe - 18/02/2016

Saneamento Valter Campanato/ ABrBrasília – Em discurso na tribuna do Senado nesta quinta-feira (18), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou os atrasos do atual governo nas obras do saneamento básico no país. De acordo com o tucano, o atual drama do zika vírus reforça a necessidade do avanço no programa de saneamento básico brasileiro.

Aloysio Nunes afirmo que, mesmo durante a gestão do ex-presidente Lula, a questão do saneamento ficou paralisada. Das 8.509 ações planejadas para o período de 2007 a 2010 somente 1.058, ou seja, 12% delas foram concluídas.

“E no governo Dilma não foi diferente. A ‘mãe do PAC’ deu mais importância a proezas como Abreu e Lima, como as refinarias Premium e Premium II – bilhões de reais foram gastos nessas obras superfaturadas – enquanto minguavam as verbas para o saneamento básico”, argumentou o parlamentar. Em 2015, apenas 26% das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram finalizadas.

Em 2011 – primeiro de ano de mandato da petista – 80 milhões de brasileiros não tinham acesso aos serviços aos serviços de esgoto. Hoje são mais de 100 milhões que se encontram nessa situação. Para os programas de Implantação e Melhoria do Sistema de Esgotamento Sanitário em municípios de até 50 mil habitantes, a média de gastos foi de apenas 16% do orçamento previsto.

O tucano repercutiu ainda a declaração do secretário nacional de saneamento, Paulo Ferreira, que declarou na última terça-feira (16) que o Brasil “terá dificuldades” em cumprir a meta de universalização do saneamento básico até 2033. “Não sei por que ele fixou essa data para dizer que não será atingido”, disse. “Diz a presidente: ‘a culpa é dos municípios, que não apresentaram os projetos’. Meu Deus, será tão difícil montarmos aí um mutirão de projetos com tantos engenheiros competentes em nosso país para ajudar as prefeituras a fazerem projetos corretos?”, questionou Aloysio Nunes.

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18/02/2016