Crise econômica e política causada pelo governo Dilma prejudica a saúde e corta investimentos

“Incapacidade de planejar e executar vem gerando dificuldades que se agravam cada dia mais”, diz Raimundo Gomes de Matos

Saúde - 01/04/2016

saude abrBrasília (DF) – As crises econômica e política causadas pelos equívocos do governo da presidente Dilma Rousseff têm se refletido em setores essenciais à vida dos brasileiros. É o caso da saúde. Além da deterioração progressiva nos serviços de saúde, o setor sofre com o corte de investimentos promovido pelo governo. Para se ter uma ideia, em comparação com 2015, o orçamento do Ministério da Saúde para 2016 caiu 4,8% – de R$ 4,4 bilhões para R$ 4,2 bilhões.

Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostram ainda que o dinheiro destinado à saúde não é bem aproveitado. De 2011 a 2015, dos R$ 47 bilhões reservados no orçamento para investimentos em saúde, apenas R$ 22,8 bilhões, por volta de 48%, foram efetivamente gastos na melhoria do atendimento dos cidadãos. Ou seja, mais da metade do que foi colocado no orçamento foi desperdiçado.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a instabilidade política e econômica que o país enfrenta se reflete no agravamento do quadro da saúde pública. “Quando existe falta de investimento no custeio, para adquirir medicamentos, para adquirir materiais hospitalares, para manter uma política de recursos mínimos, ficamos sem ter espaço nesse aquário financeiro para darmos uma resposta à altura do que a população brasileira espera”, afirmou.

Remédios mais caros

Enquanto a população brasileira sofre nos hospitais com as longas filas, falta de estrutura, de profissionais, de materiais e de medicamentos, o governo federal insiste no aumento de impostos como forma de solucionar um problema causado por ele próprio. Reportagem do portal G1 (01/04) informa que o governo autorizou um reajuste de até 12,5% no preço dos remédios. A determinação vai valer para mais de 9 mil medicamentos que têm os preços controlados pelo governo.

Gomes de Matos explicou que a incapacidade do governo federal em manter o financiamento à saúde traz problemas para os serviços de hospitais, unidades de saúde e para ações específicas, como a de combate às epidemias de dengue, zika vírus e febre chikungunya. “A incapacidade de planejar e executar vem gerando grandes dificuldades, que se agravam cada dia mais”, ressaltou o deputado.

Números mascarados

O parlamentar criticou ainda a estratégia petista de mascarar números e apresentar versões favoráveis ao governo federal. Para ele, a gestão de Dilma Rousseff prioriza uma estratégia de defesa agressiva para blindá-la do processo de impeachment, que transforma o Palácio do Planalto em palanque de comícios e relega a segundo plano questões que deveriam estar na pauta do governo, como o combate às epidemias transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

“Eles querem confundir a população brasileira mascarando números, mascarando dados. A gente percebe, por exemplo, que a presidente Dilma faz o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 3 ainda sem atingir as metas das fases anteriores. É esse tipo de ação que gera toda essa instabilidade: a criação de um factoide, de um anúncio para enganar a população brasileira. É por isso que o povo está nas ruas, fazendo com que a gente tenha, acima de tudo, uma posição clara do que precisa ser feito para o Brasil”, completou.

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01/04/2016