Declaração do presidente da CUT é “incitação à violência e deve ser enquadrada como crime”, diz Lippi
Brasília (DF) – Após defender, na última terça-feira (11), que os movimentos sociais fossem às ruas “entrincheirados” e “com armas na mão” para combater a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner de Freitas, disse que houve um “mal-entendido”. Para o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), a afirmação “deve ser enquadrada como crime”.
“É intolerável e absurdo esse tipo de atitude. Não dá para aceitar ouvir, em cadeia nacional, da principal liderança da CUT, dentro do Palácio do Planalto e na frente da presidente Dilma, que é preciso pegar em armas”, criticou.
Segundo Lippi, a declaração foi uma “incitação à violência e deve ser enquadrada como crime”. “É inaceitável em uma democracia. Mostra que não há respeito pelo processo democrático e o que importa apenas é o ‘vale tudo’ pelo poder”, completou.
As afirmações foram feitas na presença da presidente Dilma, durante encontro que reuniu cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao governo.
Silêncio
O deputado desaprovou ainda o silêncio da presidente em relação ao assunto. “É lamentável a postura da presidente Dilma de ouvir com naturalidade essa atitude antidemocrática e desrespeitosa com a população brasileira”, concluiu.
