Declarações de presidente do BNDES na CPI foram evasivas, avalia Baldy
O deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) classificou as declarações do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, como evasivas e genéricas. Coutinho esteve como convidado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta quinta (27) para falar sobre as atividades do banco durante sua presidência. Baldy fez questionamentos sobre a relação de Coutinho com o governador de Minas Gerais e ex-ministro, Fernando Pimentel e determinadas empresas que tiveram contratos suspeitos executados pelo BNDES.
“As respostas vagas indicam que os fatos devem ser investigados detalhadamente.” O tucano sugeriu que Coutinho disponibilize à CPI sua agenda desde que assumiu a presidência do BNDES. “Ele titubeou quanto à divulgação da agenda e da quebra de sigilo telefônico, mas não vai escapar dessas especulações a partir do primeiro indício de tráfico de influência”, afirmou o deputado que vai apresentar requerimento solicitando informações sobre a agenda de compromissos de Coutinho.
Baldy afirmou, ainda, que o presidente do BNDES tem o dever legal de responder aos questionamentos dos brasileiros se o banco é, de fato, uma ‘Caixa Preta’. “Por onde passamos pelo Brasil, os brasileiros questionam se o banco é uma caixa preta e se será motivo de um escândalo maior do que é a Petrobras”, completou.
Sobre o ex-ministro e atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, Luciano Coutinho admitiu que Carolina Oliveira, esposa de Pimentel, foi contratada pelo BNDES para prestar assessoria ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). “A sra. Carolina Oliveira fez parte da assessoria do banco lotada em Brasília, mas à disposição do MDIC, como assessora de imprensa. É uma tradição de muitos anos que os ministros de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio utilizem assessores do BNDES para algumas posições”, explicou.