Delator afirma que Pimentel recebeu R$ 20 milhões para beneficiar Grupo Caoa

Governador de Minas Gerais é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva

Acompanhe - 27/05/2016

Agência Brasil - ABr - Empresa Brasil de Comunicação - EBCConsiderado operador de Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais, no esquema de corrupção investigado pela Operação Acrônimo, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, afirmou que o petista recebeu R$ 20 milhões do Grupo Caoa, representante da Hyundai no Brasil.

Em delação premiada, Bené disse que os pagamentos, feitos entre 2013 e 2014, foram usados da seguinte forma: R$ 7 milhões foram transferidos diretamente a Pimentel fora do país, enquanto que o restante do dinheiro teria sido utilizado na campanha eleitoral do petista ao governo de Minas.

Como revela matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira (27), Bené contou aos investigadores que os repasses milionários foram feitos em duas parcelas de igual valor (R$ 10 milhões). A primeira delas, paga em 2013 – época em que Pimentel era Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo de Dilma Rousseff – aconteceu depois de o petista alterar portarias do Programa de Importação Inovar Auto, o que teria rendido R$ 600 milhões anuais em incentivos fiscais ao Grupo Caoa.

A outra parte, destaca a reportagem do Estadão, foi paga quando Pimentel garantiu benefícios no Imposto de Importação e no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao carro ix 35, fabricado pela Hyundai. Os investigadores da Acrônimo acreditam que a delação de Bené mostra que o petista teria transformado o ministério em uma “agência de negócios”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou criminalmente tanto Pimentel quanto Bené. O petista é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Já o empresário, preso desde o último dia 15, teria falsificado provas para proteger o atual governador de Minas.

Clique aqui para ler a matéria do Estadão.

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27/05/2016