Depoimento de Pagot será entregue ao Ministério Público

Senadora Lucia Vânia (GO) acredita que gravações podem ajudar nas investigações

Acompanhe - 12/07/2011

Senadora Lucia Vânia (GO) acredita que gravações podem ajudar nas investigações

Brasília (12) – A presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Lúcia Vânia (GO) enviará ao Ministério Público Federal a gravação do depoimento que o diretor geral do DNIT, Antônio Pagot, prestou nesta terça-feira à Comissão. A senadora do PSDB acredita as informações ajudarão para que MP fundamente as investigações sobre as denúncias de irregularidades naquele órgão e no Ministério dos Transportes.

No seu depoimento, Pagot, um dos principais citados no escândalo de superfaturamento de obras, deixou muitas perguntas sem resposta. A reunião da Comissão de Infraestrutura, presidida por Lúcia Vânia, foi em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle.

O líder da bancada Alvaro Dias, disse que as denúncias envolvendo o DNIT e o Ministério dos Transportes são um escárnio e que “não há hoje no Brasil nenhum cidadão de bem que não esteja indignado”. O senador disse a Pagot que há uma tentativa de transformá-lo em bode expiatório e pediu que o depoente explicasse quem determinava os aditivos nas obras e sobre a relação entre os aditivos e as empresas que doavam para as campanhas do PT.

Dias questionou ainda, sobre as denúncias envolvendo o então ministro do Planejamento Paulo Bernardo, com as empreiteiras. Pagot negou ter afirmado que Bernardo comandava tudo nem que nada seguia em frente nas licitações sem o seu aval, sobretudo os aditivos nos contratos. Pagot buscou livrar o envolvimento da presidente Dilma Rousseff com o preço das obras. Diante das negativas, o líder disse que “é subestimar a inteligência das pessoas negar o superfaturamento e dizer que tudo foi feito de forma legal”.

O senador Aloysio Nunes (SP) perguntou a Pagot quais partidos indicaram diretores para o órgão e qual é a situação dele no comando da pasta e citou denúncia da revista “Veja”, destacando a fala da presidente Dilma Rousseff de que o Dnit precisa de “babás” para controlar os gastos com obras.

Pagot afirmou que a sua situação funcional é de férias. No que se refere às denúncias da Veja, Pagot novamente procurou isentar a presidente Dilma, argumentando que ela acompanhava as ações do Dnit quando era chefe da Casa Civil, mas não como presidente.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado – Foto: Cadu Gomes

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12/07/2011