Deputado Silvio Torres apresenta mapa da corrupção e propostas para tirar o país da crise
Durante essa terça-feira (14), o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), participou do grande expediente e discursou durante 25 minutos no Plenário da Câmara dos Deputados.
O parlamentar avaliou o momento por que passa o país; traçou os contornos da herança maldita com que teremos de lidar, legada pelo PT; e, sobretudo, listou iniciativas importantes para que a nação supere os desafios ora colocados.
Ao falar em “choque de decência”, o deputado reforçou o desejo da população para que o Brasil volte e ter um governo que dedique seus melhores esforços a enfrentar a desigualdade social e a reduzir o abismo social. Citou o crescimento do país como fator responsável por gerar o aumento da riqueza, do emprego e progresso para mais brasileiros.
Números não são golpistas, são matemáticos
Dados desastrosos foram citados por Silvio Torres, como um breve inventário da herança maldita com a qual o país terá de lidar após os anos de terra arrasada do PT.
“Não é novidade que o Brasil atravessa hoje uma crise inédita em toda a sua história. O cenário prevê três anos de queda no PIB, algo nunca antes experimentado pela nossa economia”, disse, ao início de sua fala.
Em termos per capita, o país caminha para ter uma década perdida: em 2020, a renda nacional ponderada pelo número de habitantes estará no mesmo nível em que estava em 2010.
Nos últimos 12 meses, mais de 3 milhões de pessoas perderam seus empregos. Em resumo, o Brasil é hoje o país que mais desemprega em todo o mundo.
Serão três anos seguidos de déficits fiscais, acumulando rombo de quase 300 bilhões de reais.
Em consequência, o Brasil foi rebaixado por todas as agências de classificação de riscos, o que afetou a capacidade do Estado nacional de se financiar e, claro, de agir.
O deputado não citou apenas a economia do país que está fracassada. Os limites da política social posta em marcha nos últimos anos, baseada em mero assistencialismo e na distribuição de bolsas, também foram recordados.
“A verdade é que, hoje, o Brasil é um país mais pobre, mais desigual, mais endividado, que produz cada vez menos e desemprega cada vez mais”, disse.
Participação no governo
“Hoje o nosso partido integra o governo federal. Não somos o governo, mas somos parte dele e nos julgamos também responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso de seu desempenho. Estamos obrigados a lidar com a massa falida que o PT nos deixou. ”
Foco em 2018
Como secretário-geral do PSDB, o deputado Silvio Torres ressaltou o DNA dos tucanos capaz de reformar e tirar o país da crise e reforçou o projeto político, apresentado aos brasileiros em 2014 e que será aperfeiçoado nas eleições presidenciais, em dois anos.
Propostas
O discurso foi marcado por medidas capazes de restaurar o equilíbrio nas contas públicas, retomar o crescimento econômico, recuperar o primado da ética na gestão pública e redesenhar o Estado para que ele sirva a quem, de fato, interessa: o povo brasileiro.
Silvio Torres enumerou medidas que devem ser aplicadas durante este governo de transição e que reforça a posição do PSDB no trabalho a favor do Brasil:
1- Restauração do equilíbrio das contas públicas, por meio de um plano fiscal realista e factível;
2- Reforma da Previdência, a fim de legar às futuras gerações um sistema sadio e não a fábrica de déficits em que se converteu – só no ano passado foram 158 bilhões de rombo;
3- Restaurar a confiança para que os investimentos, em especial os privados, retornem e o crescimento renasça;
4- Restauração da segurança jurídica, o fortalecimento das instituições de fiscalização e controle e a recuperação das agências reguladoras;
5- Ampla reforma tributária, com a simplificação das regras e justiça tributária;
6- Reforma política que implante a redução de partidos. Hoje, são mais de 25 partidos representando, na ampla maioria, somente interesses próprios;
7- Programas sociais e seus impactos devem ser regularmente avaliados e seus resultados, monitorados;
8- Compromisso inegociável com o prosseguimento e o aprofundamento das investigações sobre os esquemas de corrupção instalados no país pelo PT e seus aliados.