Deputados do PSDB apoiam afastamento de Cunha e pedem novas eleições para presidente da Câmara

Líder tucano Antonio Imbassahy lembrou que partido defendia saída de Cunha desde novembro de 2015

Acompanhe - 05/05/2016

antonio imbassahy foto Alexssandro LoyolaParlamentares do PSDB na Câmara dos Deputados consideraram correta a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal de suspender o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e afastá-lo da Presidência da Casa. Os magistrados seguiram entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que atendeu pedido feito em dezembro do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), lembrou que os tucanos já defendiam o afastamento de Cunha desde que as evidências contra ele se tornaram fortes, em 2015. O peemedebista é investigado por suposto recebimento de propina em contas no exterior e acusado de tentar obstruir investigações na Câmara para se beneficiar.

“Há muito tempo nós estamos solicitando o afastamento do presidente Eduardo Cunha, notadamente a partir de novembro do ano passado, quando foi revelada a existência de contas dele na Suíça. Quando ele se transformou réu no processo junto ao Supremo Tribunal, nós reiteramos a condição de que ele deveria ser afastado, porque não tinha condições de permanecer na presidência da Casa”, disse.

Em nota, partidos da oposição dizem que a decisão da Corte sinaliza que o país “caminha para o reencontro com princípios e valores como a transparência, a Justiça e o combate à impunidade”. O líder afirma que PSDB, DEM, PPS e PSB já consideram vago o cargo de presidente da Câmara e exigem a imediata realização de novas eleições.

“Nós temos uma convicção de que tem que se fazer uma nova eleição a partir do afastamento. A partir dessa decisão, nós compreendemos que já existe uma vacância do cargo de presidente da Câmara dos Deputados”, declarou.

O deputado Waldir Maranhão, do PP maranhense, vice-presidente da Câmara, assume interinamente o cargo. No entanto, tendo em vista que o STF não tem prazo para conclusão da ação penal, membros da oposição reforçam que as novas eleições são necessárias para que se estabeleça a normalidade da atividade parlamentar na Casa.

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05/05/2016