Deputados rechaçam CPMF e dizem que Planalto transfere conta da incompetência aos brasileiros

Tucanos criticaram as soluções que o governo federal anunciou para tentar conter a crise e recuperar a economia

Acompanhe - 15/09/2015

planaltoanoiteDeputados tucanos criticaram as soluções que o governo federal anunciou, nesta segunda-feira (14/9), para tentar conter a crise e recuperar a economia. Entre as medidas estão o aumento de impostos – inclusive a volta da CPMF, cortes em ações vendidas na campanha como prioridades, congelamento de concursos públicos e mudanças no Sistema S. Segundo os parlamentares, Dilma quer que os brasileiros paguem a conta das irresponsabilidades de sua gestão. Na tribuna e nas redes sociais, tucanos expressaram repúdio ao aumento dos tributos.

Para Daniel Coelho (PE), o governo quer cobrir, com a CPMF, o rombo de R$ 30 bilhões. “Isso chega a ser surreal. O governo precisa pagar essa conta cortando cargos comissionados, reduzindo ministérios, diminuindo seu custeio. O povo brasileiro não aguenta mais pagar essa conta. Tem de haver limites no que pode ser exigido da população”, defendeu. De acordo com o congressista, o PSDB e toda a oposição serão contra a CPMF. Ele acredita que parte da bancada do governo vai ter vergonha de votar a medida.

A presidente Dilma pretende colocar alíquota de 0,2% na CPMF, cobrança que atinge quase todas as movimentações bancárias feitas por pessoas físicas. A ideia do Planalto é manter esse tributo por quatro anos, mas antes precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. “Não votarei nenhum aumento de imposto proposto pela presidente Dilma. Ela não tem legitimidade nem credibilidade para pedir sacrifícios da população”, destacou Jutahy Junior (BA).

Delegado Waldir (GO) também antecipou voto contrário à proposta. Conforme apontou, o cidadão precisa trabalhar cinco meses no ano para pagar os impostos cobrados pelos governos federal, estadual e municipal. O parlamentar chamou atenção ainda ao fato de que o tempo está avançando e o número de ministérios continua alto. “Cortes de gastos que não convencem. É lamentável. Vou trabalhar contra qualquer aumento de impostos”, garantiu Samuel Moreira (SP).

Para o deputado Antonio Imbassahy (BA), a gestão petista arruinou a economia do país, além de mentir e fraudar as eleições. “E agora querem que você pague a conta”, alertou. Para o tucano, quem honra o mandato recebido não pode aceitar essa “proposta indecente”.

“O central no ajuste proposto por Dilma e PT é o aumento de impostos. Ou seja, eles erram por anos e você paga a conta”, lamentou Marcus Pestana (MG). O deputado Fábio Sousa (GO) afirma que, em hipótese alguma, será favorável a criação ou aumento de impostos. Para ele, o brasileiro já sofre o suficiente e não merece pagar mais por um governo incompetente e corrupto.

Os concursos públicos que estavam previstos para 2016 serão suspensos. O aumento salarial dos servidores públicos será adiado de janeiro para agosto. Também será o fim do abono permanência, concedido a servidores que continuam trabalhando após atingir os requisitos de aposentadoria. O programa Minha Casa, Minha Vida, até então financiado integralmente pelo governo federal, será coberto também pelo Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), uma economia de R$ 4,8 bilhões ao Executivo.

“É o governo Dilma passando a conta de sua irresponsabilidade para o povo brasileiro”, destacou João Gualberto (BA). Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), os cortes deteriorarão os serviços públicos e os juros continuarão intocáveis.

“Volta da CPMF, congelamento de concursos públicos, cortes na saúde e educação. A presidente Dilma não somente mentiu em toda sua campanha, como não dará conta de cumprir uma promessa sequer. Somos contra o aumento de impostos e não vamos permitir que o trabalhador brasileiro, que já sofre com a inflação e o desemprego, seja prejudicado com essas propostas”, alertou Alexandre Baldy (GO). Para Arthur Virgílio Bisneto (AM), o povo cansou de pagar sozinho a conta da má gestão e da roubalheira petista, mas Dilma parece que ainda não se deu conta disso.

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Em 2007, governo Lula sofreu a maior derrota do seu governo com a derrubada da prorrogação do “imposto do cheque” no Senado.
Um dos que foram à tribuna nesta terça, Lobbe Neto (SP) criticou as medidas de ajuste fiscal. “O pacote fiscal anunciado pelo Governo Federal para tentar diminuir o déficit terá impacto direto na população”, afirmou o tucano, que também comentou a redução de 30% nas alíquotas do sistema S e do Sebrae e, também, oneração da tributação da contribuição previdenciária incidente sobre a folha. Na prática, esses recursos deixarão de ir para o Sistema S e passarão a ser direcionados para a Previdência Social. “Mais uma prova de que a tão publicitada Pátria Educadora, lema do Governo Dilma, ainda, não saiu do discurso e da propaganda na mídia. A Educação sofre corte de todos os lados”, denunciou Lobbe.

Também em Plenário, Raimundo Gomes de Matos (CE) considerou “inadmissível” a proposta de aumento de impostos. “Se fosse para melhorar a saúde, a educação, a assistência social, seria aceitável, mas não é, é para cobrir o rombo e para fazer com que população, mais uma vez, pague a conta do desmando”, discursou.

Para Mariana Carvalho (RO), infelizmente até agora o governo não conseguiu ver o que fez durante esses 13 anos no poder. “O PSDB entregou o governo com a casa arrumada, conseguimos trazer a estabilidade econômica ao país, e infelizmente esse desgoverno acabou com isso no nosso país, e hoje quer colocar essas contas no bolso do povo brasileiro. E nós não podemos aceitar isso”, declarou.

“Acredito que a grande maioria dos parlamentares desta Casa não vai admitir um aumento da carga tributária, que hoje é extorsiva, e não permitirá que o povo brasileiro pague a conta da incompetência desses mais de 13 anos de governo do PT”, afirmou, por sua vez, o deputado Rocha (AC).

Do Portal do PSDB na Câmara

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15/09/2015