Dias revela estudos que desmontam momento “mágico do governo”

Para o líder do PSDB no Senado, o atual cenário do Brasil é de dificuldades

Acompanhe - 10/03/2011

Para o líder do PSDB no Senado, o atual cenário do Brasil é de dificuldades

Brasília (10) – “O momento mágico deu lugar a um cenário de dificuldades, mas a manipulação das informações, a mistificação mantém-se como estratégica”, disse, em pronunciamento no plenário, nesta quarta , o líder do PSDB, senador Alvaro Dias, ao relatar as contradições dos números do governo que “ comemora um PIB irreal, já que houve um PIB negativo em 2009”.

Alvaro Dias citou dados do economista Mansueto Almeida, pesquisador do IPEA, que afirma estar o governo maquiando as contas desde 2003: “Há mágicos da contabilidade no governo que procuram esconder números negativos, transformando-os em positivos, como se fez, por exemplo, quando, para melhorar o resultado de 2010, o governo utilizou o aumento das receitas em 31,9 bilhões, decorrente da captação da Petrobras. E nós aprovamos aqui medida provisória que transferia ao BNDES o valor utilizado para a capitalização da Petrobras”.

O líder citou outros exemplos de “mágica contábil”, como a possibilidade de calote nos restos a pagar que somam R$128,8 bilhões e destacou um estudo do economista Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostrando o fraco desempenho da economia brasileira durante o Governo Lula, considerando padrões históricos.

Segundo o professor da UFRJ, dos 29 presidentes que o Brasil teve desde a proclamação da República, Lula ocupa a 19ª posição quanto ao crescimento da renda. Com relação à participação do Brasil no PIB mundial, a participação média do País em 2001-2002 manteve-se a mesma em 2009-2010: 2,90%.

“O economista revela que não houve espetáculo de crescimento algum. O que houve foi o desperdício de oportunidades. Embora o Brasil tenha evoluído em matéria de renda per capita, na comparação com outros países, ele sofreu um retrocesso, caminhou para trás. Ou seja, não aproveitou as oportunidades reais, resultantes do cenário favorável da economia em todo o mundo. O que o economista mostra é que houve um retrocesso relativo no conjunto da economia mundial e que o País foi fortemente atingido pela crise global de 2009”, disse o líder.

O senador criticou ainda o que ele chamou de “o mesmo modelo, apesar da mudança de governo”, com cortes de recursos em programas como o Minha Casa, Minha Vida. “Na verdade, onde se deveria cortar não cortam, não possuem coragem política para realizar uma reforma administrativa, para eliminar o supérfluo, para acabar com o paralelismo, com a superposição de ações, com os gastos desnecessários, principalmente no aparelhamento do Estado brasileiro”, concluiu.

Fonte: Assessoria da Liderança do PSDB no Senado

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10/03/2011