“Diferença de foco”, por Marcello Richa
Qualquer pessoa que observar as últimas ações e movimentações do governo federal perceberá, sem dificuldades, que todos os esforços que empregam é focado em negociar cargos, ministérios e benefícios para evitar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff tenha prosseguimento. Em um período de crise política, a gestão petista abandonou a administração pública e a população.
Nem entrarei no quanto é prejudicial para o país o leilão de cargos com pessoas sem nenhuma capacidade técnica que eles estão promovendo para manter sua agenda de poder. Isso é apenas mais uma irresponsabilidade de um governo que só pensa em seu próprio benefício. A maior questão é que no meio do turbilhão político, Dilma e seus ministros parecem esquecer, ou escolhem ignorar, que levaram o Brasil para uma crise econômica que piora a cada mês.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Brasil fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, a maior queda do emprego formal em 25 anos. Completaremos, em 2016, três anos consecutivos de crescimento negativo da economia, com mais de 10 milhões de brasileiros desempregados, a renda do trabalhador diminuindo 3% nos últimos anos e um aumento exponencial do endividamento das famílias.
A falta de equilíbrio econômico atinge diretamente todas as classes sociais. Estados, desamparados de uma política econômica nacional estável, enfrentam dificuldades para amenizar o dano causado pela incompetência do governo federal. E, por fim, a população é a que mais sofre com o descaso da União em resolver a crise que eles levaram o país.
Um governo de verdade trabalha, sempre, com o foco nos problemas da população e, no meio de uma crise econômica como a que o Brasil atravessa, a geração de empregos tem que ser prioridade. Nos dois primeiros meses do ano o Paraná foi o estado que mais gerou empregos no setor de serviços, com 3.418 vagas com carteira assinada no setor, enquanto o resto do Brasil eliminou 26,3 mil empregos.
O trabalho para o desenvolvimento da agropecuária também trouxe bons resultados, com o Paraná alcançando a maior geração de empregos formais no setor nos últimos cinco anos, com 3.067 novos postos com carteira assinada em 2015.
Para fortalecer ainda mais as ações focadas na geração de empregos, o ajuste fiscal promovido pelo governador Beto Richa irá permitir um investimento de R$ 8 bilhões em 2016, que além de melhorarem a infraestrutura do estado, tem previsão de gerar 50 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). São diferenças de foco e objetivo básicos que mostram a execução de um projeto de fortalecimento econômico, como ocorre no Paraná e que beneficia todo o país, com um projeto populista fadado à falência econômica, realizado pelo PT no governo federal.