Dilma abandona bandeira histórica do PT e reforma agrária fica no zero em 2013

Gomes de Matos: ” Saúde, educação, logística, são todos setores em que o PT não consegue desempenhar um bom papel. Não haveria como ser diferente no acesso à terra”

Acompanhe - 07/10/2013

Dilma Foto Antonio Cruz ABrBrasília – A reforma agrária não teve qualquer avanço no Brasil em 2013. A constatação é de reportagem publicada nesta segunda-feira (7) pelo jornal O Estado de S. Paulo. O texto revela que o governo federal não publicou, até o momento, nenhum decreto de desapropriação de imóvel rural ao longo do ano.

O quadro faz com que o país possa ter, em 2013, seu pior ano para o setor desde 1985.

A matéria do Estado enfatizou também que o número de ações do governo federal para a reforma agrária registra involução ao longo do mandato da presidente Dilma Rousseff – foram 58 decretos de desapropriação em 2011, 28 em 2012 e, até o momento, nenhum em 2013.

A reforma agrária sempre esteve entre as principais bandeiras do PT antes de o partido ocupar a Presidência da República.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, diz que a situação é mais um exemplo da incapacidade gerencial da gestão petista.

“Saúde, educação, logística, são todos setores em que o PT não consegue desempenhar um bom papel. Não haveria como ser diferente na questão do acesso à terra. É uma notícia que não surpreende”, declarou Matos.

O parlamentar acrescentou que o governo Dilma desagrada simultaneamente os agricultores familiares e os grandes produtores do agronegócio – setores habitualmente conflitantes entre si.

“O agronegócio é um dos setores responsáveis pelo crescimento do PIB, mas é nítido que se o governo federal fizesse um bom trabalho, teríamos ainda mais evolução. O que há hoje é um governo que desagrada a gregos e troianos”, declarou.

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07/10/2013