Dilma deve esquecer marketing e anunciar soluções para crise
Depois de apresentar dados que, a seu ver, revelam a grave situação do país, como o avanço do desemprego, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) criticou nesta quinta-feira (27) o que chamou de inação do governo para debelar a crise.
Diante do quadro, afirmou o parlamentar, a presidente Dilma Rousseff vem se limitando a ações “pirotécnicas”, de pouco resultado, como o corte de 3% de cargos comissionados e 10 dos 39 ministérios atuais.
“É premente que Dilma deixe de lado o marketing fantasioso e apresente soluções contundentes para essa que é já das maiores crises do Brasil. Não basta anunciar que fará uma reforma administrativa e cortar dez ministérios, até porque a meta é reduzir, dos 39, apenas dez”, reprovou Flexa.
Para o senador, antes de tudo a presidente precisa ser “responsável” e esclarecer quanto conseguirá poupar de despesas, ou de nada adiantará anunciar o corte. Ainda sobre medidas que considera propaganda, ele citou o “palanque” montado para a inauguração de um canal do projeto de transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó (PE), segundo ele mais uma obra incompleta.
Pedra fundamental
Flexa citou também o lançamento, em Marabá (PA), no final do segundo mandato do presidente Luis Inácio Lula da Silva, da pedra fundamental da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). O projeto, que seria entregue em 2012, nunca avançou, conforme o parlamentar. Disse que anúncio “midiático” gerou expectativa no mercado local, o que teria resultado em investimentos que se frustraram.
“Terminou o mandato de Lula, o primeiro de Dilma e até agora o que tem em Marabá é o sentimento de frustração, inquietação e revolta”, afirmou.
Flexa relembrou que somente em julho 175 mil brasileiros, em todo o país, perderem seus empregos. A taxa de desemprego teria avançado para 8,3% no segundo trimestre do ano, havendo agora cerca de oito milhões de pessoas desocupadas, segundo ele sem expectativa de voltar ao mercado brevemente. Disse que em seu estado o saldo de empregos gerados ainda foi positivo, graças a ações adotadas pelo governo estadual.
*Da Agência Senado