“Diminuição da máquina pública é uma necessidade imediata do país”, destaca o deputado Elizeu Dionízio

Acompanhe - 14/06/2016

elizeu2Brasília (DF) – Um dos pontos de maior relevância na pauta que o PSDB apresentou para apoiar o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), o controle dos gastos e o desaparelhamento da máquina pública são, de acordo com o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB-MS), uma necessidade imediata para que o país volte a crescer e se desenvolver. Com esse objetivo em mente, a equipe de Temer já deu alguns passos, como a diminuição do número de ministérios e o corte de funcionários em cargos comissionados.

Com o objetivo de liberar cargos para nomeações de sua confiança, Temer também pretende realocar integrantes do gabinete pessoal da presidente afastada Dilma Rousseff, os chamados DAS-6, mais altos na escala de cargos de confiança, para postos com menores remunerações. Foi o que aconteceu com o ex-assessor presidencial Giles Azevedo. A informação é de reportagem do jornal Folha de S. Paulo (14).

O governo Temer também dará a Dilma o prazo de um mês para que a petista devolva ao Palácio do Planalto os cargos de confiança nomeados por ela para atuar no Palácio da Alvorada. A meta é reduzir de 35 para 15 o total de funcionários públicos que auxiliam a presidente afastada.

“A diminuição de cargos é uma necessidade imediata do país”, avaliou o deputado Elizeu Dionizio. “A gente tem visto que a máquina pública está inchada, tem funcionários com desvio de função, e é preciso que isso seja repensado. Acredito que toda a diminuição nesse momento da máquina é bem-vinda”, disse.

O parlamentar alertou para que a discussão em torno do número de funcionários que circundam a presidente afastada Dilma Rousseff se atenha à questão do ajuste fiscal e ao possível impacto financeiro, e não seja tomada por um “clima de revanchismo” prejudicial ao ambiente político. Ainda assim, ele ressaltou a necessidade das medidas de austeridade para recuperar a economia, mergulhada em uma crise sem precedentes.

“O governo precisa fazer algumas demonstrações para que o mercado financeiro, para que a própria população brasileira, possa ver, ter uma esperança. Tudo o que se fala para poder ajustar as contas públicas é no bolso do consumidor, nunca na carne do próprio governo. Nesse momento, o necessário é o próprio governo mostrar que ele quer sair do buraco, que ele quer, de fato, sair dessa crise que nós vivemos. E não tem como fazer isso mexendo no bolso do consumidor, no bolso do contribuinte. Ele tem que mexer na própria casa”, destacou.

“O governo Temer já diminuiu ministérios, ponto para ele. Agora precisa dar uma ajeitada nos cargos, diminuir esse tanto de gente, e fazer um pente fino porque a gente sabe também que tem muitos funcionários com desvio de função, servidores, muita gente recebendo sem a gente saber, de fato, o que ele produz para o setor público. Fazer essa avaliação, fazer um pente fino e, necessariamente, tirar as pessoas que não estão contribuindo com o poder público e só estão encarecendo a máquina, é um remédio necessário para o momento”, completou o tucano.

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14/06/2016