Discurso do medo adotado por Dilma é “terrorismo político” para amedrontar a população, diz Nilson Pinto

Acompanhe - 02/05/2016

Nilson Pinto Foto DivulgacaoBrasília (DF) – Acuada pelo processo de impeachment analisado no Senado, a presidente Dilma Rousseff tem recorrido a estratégias cada vez mais questionáveis para tentar minar um possível governo do vice-presidente Michel Temer. No Dia do Trabalho (01/05), a petista adotou mais uma vez o discurso do medo durante evento realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo. Dilma acusou o vice Michel Temer de querer acabar com o programa Bolsa Família, dizendo que o peemedebista planeja tirar o benefício de 36 milhões de pessoas.

Para o deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), a presidente Dilma fez uso de “terrorismo político” com o intuito de amedrontar a população e prejudicar um possível futuro governo de Temer. Ele lembrou que a petista empregou a mesma estratégia nas eleições presidenciais de 2014 contra o PSDB, difundindo a falsa acusação de que o presidente do partido, senador Aécio Neves, acabaria com os programas sociais no país caso fosse eleito.

“A quase ex-presidente – porque ela vai sair daqui a pouquinho – está fazendo terrorismo político, terrorismo verbal, dizendo mentiras para fazer com que a população fique amedrontada. Já ficou claro nas declarações oficiais do vice-presidente Temer que não vai haver esse tipo de tratamento Pelo contrário, os programas sociais serão mantidos e serão qualificados adicionalmente. É puro terrorismo político o que está sendo feito pela presidente, em uma clara demonstração do seu desespero”, afirmou.

Além de propagar um falso discurso, que não condiz com a realidade, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o evento da CUT para lançar um “pacote de bondades” para a população, que inclui entre suas medidas o reajuste de 9% no benefício médio do Bolsa Família, a correção de 5% da tabela do Imposto de Renda e a contratação de 25 mil moradias para o Minha Casa, Minha Vida.

O deputado Nilson Pinto destacou que as medidas lançadas por Dilma são uma falha tentativa de reverter a sua imagem manchada pelos crimes de responsabilidade cometidos e pelo envolvimento do seu governo em inúmeros escândalos de corrupção.

“É absolutamente estapafúrdia a ação de conceder benefícios que ela negou ao longo dos últimos anos. Ela passou dois anos sem reajustar o Bolsa Família, e agora, repentinamente, resolve conceder aumento. Ela negou o reajuste na tabela do Imposto de Renda por tanto tempo, e nós lutamos por isso, e agora ela o faz, por absoluta irresponsabilidade e por desespero. O que foi feito pela presidente ontem foi uma demonstração clara de desespero de uma pessoa que sabe que não vira o próximo mês no cargo de presidente da República”, disse.

‘Política de terra arrasada’

O parlamentar acrescentou que Dilma faz uso da “política de terra arrasada”, usada pelos russos para derrotar o exército de Napoleão Bonaparte. A estratégia consistia em destruir o próprio território para que os adversários encontrassem um ambiente hostil. “A presidente está realizando a chamada ‘política de terra arrasada’. É a pior das vinganças que se pode ter: penalizar a população inviabilizando a economia do país”, avaliou.

Segundo Nilson Pinto, Dilma concede benefícios que antes considerava inviáveis, economicamente falando, apenas para prejudicar a futura administração do país. A estratégia pode agravar ainda mais a recessão econômica brasileira, que já é a maior de que se tem notícia desde 1930.

“Ela está prejudicando, na verdade, a população. O Brasil está em uma crise econômica terrível, sem precedentes na nossa história, e a presidente da República, que foi a principal responsável por essa crise, está tratando de propagar essa crise para além do seu mandato. É uma irresponsabilidade absoluta. Não é de estranhar que essa presidente tenha sido aquela que levou o trabalhador brasileiro, no dia primeiro de maio, a ser penalizado com as taxas de inflação maiores da nossa história recente e com taxas de desemprego nunca antes vistas nesse país”, completou o tucano.

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02/05/2016