Eleito líder do PSDB no Senado, Dias quer oposição combativa
Precisamos exercitar com competência a tarefa de fiscalizar o governo, diz senador tucano
Precisamos exercitar com competência a tarefa de fiscalizar o governo, diz senador tucano
Brasília (15) – O senador Alvaro Dias (PR) foi aclamado nesta terça-feira líder do PSDB no Senado, inclusive com apoio dos novos tucanos que assumirão no próximo ano. A bancada já havia escolhido o nome do parlamentar paranaense em fevereiro deste ano, mas por causa das eleições a oficialização foi adiada. O tucano expressou sua honra e satisfação ao assumir o posto e prometeu fazer uma oposição combativa e competente ao governo da presidente Dilma Rousseff.
“Cumpriremos o dever de fazer oposição e honraremos esse compromisso com a população brasileira. Sabemos que há uma expectativa grande depois das eleições de 2010 com o nosso comportamento e precisamos exercitar com competência a tarefa de fiscalizar o governo”, afirmou nesta quarta.
”Temos que nos organizar e adotar uma postura veemente em determinados momentos, especialmente quando se trata de combater eventuais desvios do governo”, completou o novo líder, que substitui Arthur Virgílio (AM), à frente do cargo desde 2003. e agora aclamado líder do bloco da Minoria no Senado.
Apesar da maioria governista na próxima legislatura, Alvaro afirma que buscará apoio na sociedade e também nos senadores descontentes com a gestão petista. “Temos que buscar as dissidências. Com o tempo, isso será possível. Certamente a presidente Dilma terá dificuldades para administrar a maioria ampliada que obteve nas urnas. Além disso, temos que buscar apoio na sociedade organizada, especialmente quando temas de interesse público estiverem sendo debatidos no Senado”, destacou o tucano.
Com referência ao governo da nova presidente, o líder do PSDB no Senado espera que Dilma respeite a Constituição, não invada a competência do Congresso e encaminhe medidas provisórias inconstitucionais. Para Alvaro, Dilma deve se ocupar de cumprir sua função institucional como presidente. “Que ela não queira interferir nas ações do Congresso Nacional e respeite a interdependência entre os poderes, especialmente que ela mude o comportamento no que diz respeito às medidas provisórias. As MPs não devem ser utilizadas no dia-a-dia, pois isso subtrai prerrogativas do Congresso. Não podemos ser apenas a casa da homologação, mas sim exercitar a prerrogativa de legislar. Isso tem sido difícil”, afirmou, ao se referir às muitas medidas provisórias editadas pelo governo Lula.
Ao fazer um balanço da postura da oposição à gestão petista, Alvaro disse ser muito difícil lutar com o uso da máquina como fez o presidente Lula. “O confronto é desigual. Nós fizemos oposição, mas não tivemos o volume para o confronto com essa massa publicitária oficial paga com o dinheiro público e evidentemente comandada pelo próprio presidente da República. Temos que atuar diante das nossas limitações, tentando ampliar nossas forças para aumentar este volume”, avaliou.
Fonte: Diário Tucano