Em debate, Serra defende redução de impostos para os mais pobres
Ele anunciou que vai tirar impostos de produtos da cesta básica
Ele anunciou que tirar impostos de produtos da cesta básica
Brasília (01) – A três dias das eleições, o candidato à Presidência, José Serra (SP), defendeu uma reforma tributária que reduza impostos sobre os pobres. “Quero tirar impostos sobre alimentos básicos, sobre medicamentos e fazer um sistema que combata a sonegação”, afirmou em debate com os presidenciáveis, realizado pela TV Globo nessa quinta-feira.
No primeiro bloco, ele recordou que a carga tributária brasileira é a maior do terceiro mundo e defendeu uma reforma mais justa e eficiente. “A sonegação prejudica aquele que paga imposto, pois acaba pagando dobrado. Quero fazer uma reforma que alivie os impostos sobre os pobres”, completou.
Além do ex-governador de São Paulo, participaram do debate os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). Durante o encontro, Serra falou das suas propostas para habitação, transportes, saúde, economia, defesa civil, programas sociais, reformas, aposentadoria e salário mínimo.
Em determinado momento, Serra defendeu a reforma da previdência. Para ele, o País precisa de uma reforma que separe os servidores que “vão começar a trabalhar daqueles que já têm o direito adquirido”. Porém, destacou que existem problemas a serem enfrentados em um curto prazo. Dentro do mesmo tema, o tucano anunciou que vai reajustar as aposentadorias em 10% a partir do próximo ano e elevar o salário mínimo para R$ 600.
Ao falar sobre o programa Bolsa Família, o tucano criticou a postura da candidata Marina Silva. Ela havia pedido para Serra fazer uma autocrítica sobre o que o PSDB tem falado sobre o programa. O tucano, porém, refrescou a memória da verde ao lembrar que ele foi um dos precursores da ação, quando criou o Bolsa-Alimentação à época em que era ministro.
Diante da insistência de Marina, Serra disse: “Não use a sua régua para medir os outros. Não gosto de usar a minha régua pra ficar medindo. Se fosse usar, diria que você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que qualquer outra candidato aqui. Você ficou no governo no mensalão. Ninguém tem essa qualificação pra ficar arbitrando dessa maneira.”
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