Em debate, Serra defende redução de impostos para os mais pobres

Ele anunciou que vai tirar impostos de produtos da cesta básica

Acompanhe - 01/10/2010

Ele anunciou que tirar impostos de produtos da cesta básica

Brasília (01) – A três dias das eleições, o candidato à Presidência, José Serra (SP), defendeu uma reforma tributária que reduza impostos sobre os pobres.  “Quero tirar impostos sobre alimentos básicos, sobre medicamentos e fazer um sistema que combata a sonegação”, afirmou em debate com os presidenciáveis, realizado pela TV Globo nessa quinta-feira.

No primeiro bloco, ele recordou que a carga tributária brasileira é a maior do terceiro mundo e defendeu uma reforma mais justa e eficiente. “A sonegação prejudica aquele que paga imposto, pois acaba pagando dobrado. Quero fazer uma reforma que alivie os impostos sobre os pobres”, completou.

Além do ex-governador de São Paulo, participaram do debate os candidatos Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). Durante o encontro, Serra falou das suas propostas para habitação, transportes, saúde, economia, defesa civil, programas sociais, reformas, aposentadoria e salário mínimo.

Em determinado momento, Serra defendeu a reforma da previdência. Para ele, o País precisa de uma reforma que separe os servidores que “vão começar a trabalhar daqueles que já têm o direito adquirido”. Porém, destacou que existem problemas a serem enfrentados em um curto prazo. Dentro do mesmo tema, o tucano anunciou que vai reajustar as aposentadorias em 10% a partir do próximo ano e elevar o salário mínimo para R$ 600.

Ao falar sobre o programa Bolsa Família, o tucano criticou a postura da candidata Marina Silva. Ela havia pedido para Serra fazer uma autocrítica sobre o que o PSDB tem falado sobre o programa. O tucano, porém, refrescou a memória da verde ao lembrar que ele foi um dos precursores da ação, quando criou o Bolsa-Alimentação à época em que era ministro.

Diante da insistência de Marina, Serra disse: “Não use a sua régua para medir os outros. Não gosto de usar a minha régua pra ficar medindo. Se fosse usar, diria que você e a Dilma têm muito mais coisas parecidas do que qualquer outra candidato aqui. Você ficou no governo no mensalão. Ninguém tem essa qualificação pra ficar arbitrando dessa maneira.”

Veja mais: Resumo do debate

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01/10/2010