Em defesa de Serra, Flexa e Hauly rebatem críticas de ex-assessor de Dilma
“A política externa dos governos petistas foi nociva ao nosso país, porque foi partidária e ideológica, não foi uma política de Estado”, critica senador Flexa Ribeiro
“A política externa dos governos petistas foi nociva ao nosso país, porque foi partidária e ideológica, não foi uma política de Estado como tem que ser em qualquer nação”, disse o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ao rebater, nesta quarta-feira (1º), críticas de Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da presidente afastada Dilma Rousseff. Em vídeo postado na página da petista no Facebook, Garcia disse que o Brasil “terá um lugar pequeno” no mundo com a política externa do governo do presidente em exercício, Michel Temer, como revela matéria da Folha de S.Paulo publicada nesta quarta.
Segundo o jornal, o petista chegou a classificar como “medíocre e submissa” a visão do chanceler José Serra (PSDB) por criticar a aproximação do Brasil com países bolivarianos e prometer uma política “sem partidarismo” ao assumir o Ministério das Relações Exteriores. Garcia foi um dos principais articuladores do Brasil com governos de esquerda, como Cuba, Bolívia, Equador e, principalmente, Venezuela.
“A política de relações exteriores de Dilma, Lula e do PT foram contra os interesses dos trabalhadores, dos empresários, do cidadão brasileiro e da nacionalidade brasileira. Eles só trouxeram prejuízos ao país e benefícios aos bolivarianos e seus apadrinhados”, criticou o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Hauly também disse que Garcia foi a “mais devasta figura” do governo Lula e Dilma no campo internacional. O deputado lembrou o episódio do “top top top”, em que o ex-assessor de Dilma para Assuntos Internacionais foi flagrado fazendo um gesto obsceno no momento em que o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiava que uma falha técnica teria provocado o desastre no avião da TAM, em 2007, que deixou 199 mortos.
“Marco Aurélio ‘top, top’ Garcia foi a mais devasta figura do governo Lula e Dilma e do Itamaraty. O mal que ele fez para as relações internacionais do Brasil levará décadas para ser recuperado. É uma unanimidade dentro do Congresso a sua influência negativa nas conquistas que o Brasil sempre teve no respeito internacional”, rechaçou Hauly.
Flexa Ribeiro também afirmou que Garcia exerceu uma “influência negativa” no Itamaraty ao longo de sua permanência nos dois governos, tanto do ex-presidente Lula quanto da presidente afastada. “Ele tomou decisões que vinham de encontro aos interesses da diplomacia brasileira. Não é por acaso que ele ficou conhecido no Brasil como assessor ‘top, top’”, completou Flexa, que é suplente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional no Senado.
Além disso, Hauly afirmou que o único mérito de Garcia foi fazer o “jogo baixo e rasteiro de levar dinheiro do trabalhador brasileiro, através do BNDES, para financiar Cuba, Bolívia, Venezuela e Equador e seus aliados populistas, demagogos e bolivarianos”.
Novo Itamaraty
Hauly ressaltou que, agora, o Brasil tem um estadista à frente do Ministério das Relações Exteriores. “O senador José Serra é um homem qualificado, está começando a reconquistar, a reconstruir o Itamaraty, as relações internacionais, a defesa do cidadão e a defesa dos interesses brasileiros no exterior. E as chamadas diretrizes de Serra foram recebidas internacional e nacionalmente, e no Congresso Nacional com aplauso.”
Assim como Hauly, Flexa Ribeiro também afirmou que Serra está no caminho certo para recolocar a política externa na sua condição de defesa dos interesses nacionais, como uma política de Estado. “Nessa linha, em seu pronunciamento de posse, Serra fez questão de frisar que jamais a política externa brasileira poderia ser utilizada como uma política de partido. Teria que ser como sempre foi antes dos governos do PT, uma política de Estado, como é feito em todas nações. Tenho certeza que a competência, a visão do chanceler vai recolocar o Brasil no lugar merecido que é o de destaque entre as demais nações do mundo.”
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