Em visita às bancadas do PSDB, Serra defende mínimo de R$ 600,00
Ele participou de reunião com os deputados e almoçou com
os senadores do partido
Ele participou de reunião com os deputados e almoçou com os senadores do partido
Brasília (09) – Em visita às bancadas do PSDB no Congresso, o ex-governador José Serra voltou a defender o aumento do salário mínimo para R$ 600,00. “É perfeitamente possível um mínimo de R$ 600,00. É só ver São Paulo”, afirmou numa referência ao anúncio feito, nesta quarta-feira, pelo governador daquele Estado, Geraldo Alckmin, de um piso salarial que varia de R$ 600,00 a R$ 620,00.
No almoço com os senadores tucanos, Serra questionou ainda: “Temos a maior taxa de juros do mundo e é o salário mínimo que provoca inflação?”. Para o senador Aloysio Nunes (SP), os encontros foram importantes para fortalecer a posição da bancada na defesa de um salário mínimo de R$ 600,00.
O ex-governador José Serra também fez uma defesa da reforma política, o mais rápido possível: “O voto distrital pode baratear entre cinco a dez vezes o custo de uma eleição”, disse.
Serra defendeu ainda a unidade do partido e o papel da oposição no atual governo: “Não existe oposição malvada. A oposição é importante para a qualidade do governo, principalmente quando ela cobra promessas de campanha e ética na política. Vejam só: nós temos um setor elétrico que apresenta mais escândalos do que soluções”.
Para Aloysio, alguns pontos da reforma política, como o voto distrital, são mais fáceis de serem aprovados agora por causa da proximidade das eleições municipais de 2012. “Dessa forma, não vai haver tantos interesses contrários”, destacou.
Tanto Aloysio Nunes como o senador Aécio Neves(MG) farão parte da Comissão do Senado que vai discutir a reforma política.
Na parte da manhã, Serra participou da reunião da bancada tucana na Câmara. No encontro, além da defesa do salário mínimo de R$ 600,00, os parlamentares do PSDB se comprometeram em cobrar a revisão da tabela do imposto de renda pelo índice de inflação oficial do ano passado (5,9%) e a provocar o debate sobre a necessidade de alterações nos sistemas político e tributário.
“Apontamos clareza no nosso compromisso com as reformas e marcamos um seminário para fazer uma discussão mais detalhada”, anunciou o líder Duarte Nogueira (SP).
Depois de se reunir com a bancada tucana na Câmara, o ex-governador de São Paulo, José Serra, almoçou com o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e com os senadores do partido. “Foi um almoço de confraternização, mas aproveitamos para discutir temas de interesse da oposição, como o salário mínimo e a reforma política”, disse o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), que organizou o almoço.
Segundo o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, as reuniões de Serra com deputados e senadores foram produtivas. “Tanto na Câmara como no Senado o partido se uniu em torno da proposta do salário mínimo de R$600,00 que foi defendida por José Serra na campanha”, lembrou.
Após o almoço com a bancada tucana, o ex-governador de São Paulo, José Serra fez questão de visitar o novo local de trabalho do correligionário catarinense. Junto com eles, estavam os senadores Cícero Lucena (PB) e Marisa Serrano (RS), o deputado federal Eduardo Azeredo (MG), de quem Bauer herdou o gabinete, e o presidente nacional da sigla, Sérgio Guerra. Além de assuntos internos da sigla, o grupo debateu sugestões para aprimorar o sistema de liberação de emendas parlamentares.
Fonte: Agência Tucana com Assessoria Liderença no Senado e Diário Tucano
