Embora Dilma negue renúncia, Brasil pede que país mude de rumo, diz tucano

Deputado federal Nelson Marchezan (PSDB-RS) também criticou o fato de Dilma defender o ex-presidente Lula

Acompanhe - 11/03/2016

img201510271855366813642A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11) que não renunciará ao seu mandato, e declarou que “aqueles que querem a renúncia estão reconhecendo que não há uma base real para pedir o impeachment”. Para o deputado federal Nelson Marchezan (PSDB-RS), a fala de Dilma mostra “falta de senso público” por parte da petista.

“A renúncia seria uma alternativa. Se a presidente Dilma tivesse um pouquinho mais de senso público, provavelmente já teria entendido que o Brasil inteiro está exigindo que o país mude de rumo e que mude de dono. Hoje, o Brasil é uma propriedade privada de algumas pessoas que integram alguns partidos. Nós queremos devolvê-lo aos brasileiros”, avaliou o parlamentar gaúcho.

Na entrevista que concedeu a imprensa nesta sexta, Dilma também voltou a defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o Ministério Público de São Paulo ter pedido sua prisão preventiva. Segundo informações de matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a presidente disse que o pedido do MP “não tem base legal e jurídica”.

Ela afirmou, ainda, que “teria o maior orgulho” de ter Lula no seu governo, ao ser questionada sobre a possível nomeação do ex-presidente para algum Ministério. Para Marchezan, o posicionamento de Dilma revela o modo de atuar já habitual ao PT.

“Dilma usar mais uma vez a presidência da República para defender o ex-presidente Lula não é nada de novo e nada de diferente do modus operandi do Partido dos Trabalhadores, em que o que interessa é defender o companheiro. Se cometeu um crime ou não, não faz diferença, tem que defendê-lo”, comentou. “É lastimável que a própria presidente possa desqualificar o trabalho de outras instituições importantes como a Justiça Federal, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, sempre em prol dos seus companheiros”, encerrou o deputado.

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11/03/2016