O PSDB é e sempre foi o partido da inclusão social, destaca Dani Boeira, presidente da Diversidade no RS

Entrevistas - 19/04/2021

Dani Boeira é gestor público e ex-coordenador de Diversidade Sexual e Gênero da Prefeitura de Porto Alegre. Membro ativo da nossa Diversidade Tucana e presidente do segmento no Rio Grande do Sul, ele agora comanda o diretório do PSDB em Cachoeirinha, região metropolitana da capital gaúcha. O novo cargo, diz ele, só confirma que o PSDB abre suas portas para todos. “É o partido da inclusão. E nós podemos e devemos estar em todos os espaços do partido”, diz.

Inclusão é também o objetivo do programa que Boeira apresenta no canal 20 da Net, o “Lugar de Fala”. Têm espaço  todos aqueles que contribuem de alguma forma para a redução das desigualdades e a promoção dos direitos humanos. Ativista, ele é taxativo quando se fala do Brasil atual: “vejo um retrocesso imenso, um descaso com os brasileiros”.

Você é um ativista dos Direitos Humanos, inclusive, tem um programa que chama Lugar de Fala. Como vê a política de Direitos Humanos no Brasil hoje?
Sou ativista dos Direitos Humanos desde que me assumi gay. Mas luto por todas as identidades e nomenclaturas, que são várias. Por isso, prefiro falar Diversidade. Sobre o Lugar de Fala, a intenção é dar voz a todos. Todos temos o nosso lugar de fala, cada um dentro do seu ponto de vista.
Infelizmente, não vejo política de Direitos Humanos no Brasil. Vejo um retrocesso imenso, um descaso com os brasileiros.

O PSDB tem um histórico de defesa dos direitos humanos, das políticas públicas que beneficiam minorias raciais e o movimento LGBT no Brasil. Hoje, como o partido pode ajudar ainda mais nessas questões?
Essa nossa defesa histórica dos direitos humanos fica clara nos governos passados e nos que ocupamos atualmente. Por exemplo, em São Paulo, com Geraldo Alckmin e agora João Doria, para citar os mais recentes. Aqui no Rio Grande do Sul, desde a governadora Yeda Crusius, depois com Marchezan Jr, na Prefeitura de Porto Alegre, e Eduardo Leite no Governo do Estado.

E nós temos que continuar assim. O PSDB sempre resgatou o Brasil, resgatou as pessoas. As políticas sociais do governo Fernando Henrique foram todas englobadas, com outros nomes, pelos governos seguintes. A origem é o PSDB. Nosso partido tem esse olhar de resgate social, mas também de fortalecimento e crescimento da economia.

Na sua avaliação, qual é o grande entrave a uma participação mais ampla das pessoas LGBT na política?
É a ideologia partidária. As pessoas pensam que por você ser gay, automaticamente, é de esquerda. É do PCdoB, do Psol, PT, PCO. Mas não é isso que acontece. O PSDB tem sim um histórico tanto de políticas públicas para a Diversidade quanto de militantes da Diversidade nos quadros e governos do partido.

Fui gestor na administração Marchezan. Fui coordenador municipal de Diversidade Sexual e Gênero e, nesse tempo, não houve uma morte LGBTfóbica em Porto Alegre. Fizemos um programa de inclusão no mercado de trabalho, em parceria com o Sine, tivemos o curso Empreendedor LGBT. Trouxemos a questão da retificação do nome civil para dentro dos espaços públicos, porque os travestis têm pouco acesso ao poder público. Isso foi importante, especialmente, para aquelas que vivem nas periferias e que são as que mais precisam de ajuda, que trabalham com prostituição. A gestão Marchezan Jr foi muito inclusiva.

Qual a importância de um homem gay estar presidindo uma executiva municipal do PSDB?
O PSDB é um partido de inclusão. É um partido de todos. É o partido da Diversidade, da Negritude, da Mulher, dos Cristãos. Temos uma ala cristã que é muito ativa e aberta ao diálogo. É um partido acolhedor para os LGBT. Tanto, que além de ser presidente do segmento da Diversidade Tucana aqui no Rio Grande do Sul, me tornei presidente municipal do diretório de Cachoeirinha. Isso é inclusão. O partido abrindo suas portas para todos! E nós podemos e devemos estar em todos os espaços do partido.

Como foi a retomada das atividades do diretório em Cachoeirinha?
O partido estava inativo há 5 anos na cidade. Procurei o presidente estadual, deputado Mateus Wesp, e formamos inicialmente uma comissão provisória. Hoje o diretório municipal já está apto na Receita e no TRE. Fui atrás porque tenho a certeza que nós, tucanos, sempre acrescentamos e agregamos à política nas cidades. Agora vamos reconstruir o partido na esfera municipal, criar um novo PSDB, sempre com a boa prática de fazer política para as pessoas.

Qual seu recado para quem quer militar no PSDB? Por onde começar?
O PSDB é historicamente um partido que dialoga com todos. Precisamos cuidar do social, dos que mais precisam, mas também precisamos cuidar dos empreendedores que contribuem para o crescimento da nossa economia e o desenvolvimento do município, do estado e do país.

(*) Colaborou Ricardo Olímpio – Diversidade Tucana

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19/04/2021