Estado do Rio fecha 22 mil vagas de empregos formais e lidera ranking de estados
O Brasil viveu em fevereiro o fechamento de 104.582 vagas de empregos formais. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, esse é um recorde para o mês, desde o início da série histórica, em 1992.
O Rio de Janeiro aparece no topo do ranking com o encerramento de 22.287 postos de trabalho. E o susto não para por aí: muitas das vagas formalmente ocupadas, hoje, estão relacionadas às cadeias produtivas da estruturação da capital para receber os Jogos Olímpicos. Pelos menos 40 mil empregos com carteira assinada, só no setor de construção civil, têm prazo de validade: o fim dos Jogos Olímpicos.
O deputado Carlos Osorio, pré-candidato à prefeitura da cidade do Rio pelo PSDB, alerta que o município já esta sendo afetado severamente pela recessão que atinge o Brasil, a paralisação de algumas atividades da Petrobras e as repercussões que esses acontecimentos têm na economia. A realocação dos trabalhadores dos Jogos Olímpicos é uma preocupação a mais.
“Hoje, ainda vivemos um fluxo de obras e serviços importantes por causa dos Jogos, mas após este período, só na área de construção direta, iremos perder cerca de 40 mil postos de trabalho, além de toda a cadeia de serviços”, explicou.
Novo ciclo de desenvolvimento econômico
Osorio observa que não estão claros, nem da parte da Prefeitura, nem da parte do Governo do Estado, projetos ou propostas concretas para um novo ciclo de desenvolvimento econômico na cidade e no estado, com medidas que possam reduzir ou atenuar o impacto do encerramento dessas vagas de empregos formais.
“Isso deveria ter sido planejado com antecedência. Agora, temos que cobrar da Prefeitura, principalmente, providências para que essa questão seja minorada. Não podemos esperar até o final de setembro, quando se encerram os Jogos, para agir. Até lá, teremos uma situação de instabilidade social grande. Isso precisa ser respondido com atuações firmes dos três níveis de governo”, propõe.
