Estados Unidos rechaçam tese de “golpe” no Brasil
Durante a assembleia plenária da Organização dos Estados Americanos (OEA), ocorrida nesta quarta-feira (19), o embaixador dos Estados Unidos, Michael Fitzpatrick, rebateu a afirmação de países membros da entidade – como Venezuela, Bolívia e Nicarágua – de que há um “golpe” em curso no Brasil. Foi a primeira vez que o governo americano rejeitou abertamente a ideia de ilegalidade do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Segundo matéria publicada hoje (19) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o representante americano afirmou que o processo de impeachment da presidente afastada ocorreu em respeito às instituições e à Constituição brasileiras.
O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA), avaliou a declaração dos EUA como um reconhecimento de um dos países mais importantes do mundo sobre o funcionamento da soberania popular no Brasil.
“A consideração do embaixador americano é a confirmação de que o Brasil exercita a plena democracia, respeita a sua Constituição e preserva os princípios e valores democráticos. Saindo dos EUA, essa manifestação tem ampla repercussão mundial”, disse o líder.
O embaixador do Brasil na OEA, José Luiz Machado e Costa, destacou a “vitalidade do sistema democrático” brasileiro e afirmou que “os direitos sociais e as conquistas da sociedade brasileira estão plenamente assegurados”. O representante brasileiro da OEA questionou a interferência de outros países nos assuntos domésticos do Brasil “quando eles próprios não aceitam ingerências”, fazendo uma alusão à Venezuela.
Imbassahy considerou como “lúcida” a declaração do embaixador brasileiro e concordou que os países que criticam o impeachment têm ligação direta com o projeto de poder estabelecido pelo Partido dos Trabalhadores (PT). “Essa afirmação destaca uma realidade que, lamentavelmente, ocorre em um país amigo como a Venezuela. Os venezuelanos se afastaram do regime democrático para implantar uma ditadura popular. Isso tem trazido enormes prejuízos para a população”, afirmou o tucano.
Paraguai e Argentina também manifestaram apoio ao impedimento em curso no Senado Federal brasileiro e afirmaram confiar nas instituições do país.
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