Ex-ministro de FHC, Pedro Parente será o novo presidente da Petrobras
A indicação foi anunciada nesta quinta-feira (19) e ainda tem de ser referendada pelo Conselho de Administração da estatal
O ex-ministro da Casa Civil do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Pedro Parente, aceitou o convite feito pelo presidente em exercício, Michel Temer, para comandar a Petrobras. A indicação foi anunciada nesta quinta-feira (19) e ainda tem de ser referendada pelo Conselho de Administração da estatal.
O deputado federal Nelson Padovani (PSDB-PR) acredita que Parente terá um grande desafio à frente da estatal, especialmente devido ao forte esquema de corrupção instalado na empresa pelos governos Lula e Dilma Rousseff, investigado pela Operação Lava Jato. O tucano reforçou a posição do PSDB de fornecer todo o apoio necessário para reconduzir a Petrobras.
“A Petrobrás é uma empresa totalmente recuperável, mas com muito trabalho e com pessoas competentes no comando. A situação atual da Petrobras é reversível porque o ramo dela é um ramo de primeira necessidade, propício ao consumo”, afirmou.
Segundo matéria publicada nesta sexta-feira (20) pelo jornal Folha de S. Paulo, Parente enfatizou que, por orientação de Temer, não haverá indicação política na escolha de cargos da petrolífera. Além disso, ele destacou que a estatal “tem grandes desafios” e que está “consciente” de sua responsabilidade.
O tucano se mostrou otimista com a nova gestão da estatal e atribuiu os problemas enfrentados atualmente à má administração anterior. “Houve uma má gestão do governo anterior e que agora, com a capacidade do novo presidente, nós vamos reerguer não somente a Petrobrás, como a economia do Brasil”, disse.
O ex-ministro de FHC adiantou que não haverá nova auditoria na estatal e que o governo tem interesse em salvar a empresa. “A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa”, ressaltou Parente.
Parente foi ministro no segundo mandato de FHC, além de presidir a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (criada na época para impedir o colapso energético no país), e liderou a empresa Bunge Brasil – entre os anos de 2010 e 2014.
Temer adotou a estratégia de escolher nomes de peso para postos-chaves do seu governo, como os de Henrique Meirelles (Fazenda), Maria Silvia Bastos Marques (BNDES) e Ilan Goldfajn (Banco Central) e, agora, Pedro Parente (Petrobras).