Falhas do MEC e do Inep se repetem há três anos

A ineficiência do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tem refletido diretamente na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Acompanhe - 03/11/2011
Lula Lopes / Agência Câmara - Mais interessado na pré-campanha para a prefeitura paulista, Haddad parece se esquecer do MEC.

Brasília – A ineficiência do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tem refletido diretamente na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O sistema de avaliação apresenta problemas graves há, pelo menos, três anos, incluindo roubo de provas, erro de impressão nos cartões de respostas e vazamento de questões.

Hoje, o jornal Correio Braziliense traz mais um exemplo da desorganização do Inep, órgão vinculado ao MEC e responsável pelo Enem. A reportagem mostra que o instituto pagou R$ 6,4 milhões à Jeta Soluções em Serviços em Tecnologia da Informação Ltda., que deveria prestar serviço na área de segurança da informação. Clique aqui para ler a reportagem.

O problema é que a empresa está em nome do produtor musical José Francisco Alves da Silva, que admite ser um “laranja”. Ainda segundo a matéria, Silva afirma não saber onde está o dinheiro pago pelo Inep e que o verdadeiro dono da Jeta seria André Luis Sousa, também denunciado pelo Correio como responsável por duas empresas fantasmas contratadas pelo Inep.

José Francisco Alves da Silva, conhecido como Chico Terra, garante que foi traído por Sousa. “Acho que houve um abuso, uma traição de um amigo que estava ajudando a gente. Ele falou que a empresa poderia ajudar a gente a gravar o CD, para a gente não ficar pedindo esmola para os outros”, disse à reportagem.
André Luis Sousa destacou, por meio do advogado, que não conhece o produtor musical e que não tem relação com a Jeta. Enquanto isso, os R$ 6,4 milhões que deveriam ter sido investidos em segurança da informação para ajudar na aplicação das provas do Enem continuam em destino desconhecido.

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03/11/2011