Falta de incentivo à educação impede maior progresso do Brasil

Herança de Lula será a precariedade da educação, da saúde e da segurança, diz tucano

Acompanhe - 05/11/2010

Herança de Lula será a precariedade da educação, da saúde e da segurança, diz tucano

Brasília (05) – O Brasil caminha no sentido inverso aos países desenvolvidos no quesito educação, considerado o motor para o desenvolvimento de uma nação. Em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o País avançou em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mas patina nos números relacionados ao ensino.

Ao analisar os números do relatório, o deputado Duarte Nogueira (SP) lamentou a presença do Brasil nos quadros de piores do mundo em educação. “Na verdade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará para sua sucessora (Dilma Rousseff) uma herança maldita: a precariedade da educação, da saúde e da segurança”, condenou.

Na educação, o Brasil tem uma média idêntica ao Zimbábue – que tem o pior desempenho no ranking  da ONU–, e precisa dobrar o tempo de permanência da população dentro das salas de aula. Os brasileiros estudam, em média, sete anos. O ideal é elevar a escolaridade para treze anos. No Zimbábue, a média também é de sete anos.

O relatório das Nações Unidas conclui que a educação é uma barreira ao progresso do Brasil. Mesmo assim, em entrevista à imprensa, na quarta-feira, a presidente eleita Dilma Rousseff deixou a educação em segundo plano na lista de prioridades do seu governo. Ela justificou: “Eu considero que a educação está muito bem encaminhada”.

Duarte rebate a presidente eleita. “Chamou-me atenção o ato de tergiversar da presidente eleita, no qual ela tem sido mestre. A famosa enrolação. Dilma Rousseff não estabelece com clareza aquilo que realmente é prioridade. Quando ela define tudo como prioridade, ela simplesmente afirma que nada é”, enfatiza.

Para o deputado Gustavo Fruet (PR), é incompreensível o Brasil ter o mesmo nível de anos de estudo que o Zimbábue, país que vive uma intensa crise econômica. “O caminho para ser um país de primeiro mundo é a educação. Caso contrário, continuaremos sendo uma nação promissora, mas não passaremos de um país emergente”, ensina.

AVANÇOS TÍMIDOS

Duarte reconhece os “tímidos” avanços relacionados ao IDH. Pelo relatório, o Brasil, situado entre os dez países mais ricos do mundo, subiu quatro posições e ocupa a 73ª posição, numa escala com 169 países. Com notas de zero a um, o País tirou 0,699 – quanto mais próximo de 1, melhor –, resultado ainda abaixo da média da América Latina: 0,704.

“Apesar de tímido, o resultado só foi possível porque o governo atual manteve as políticas econômicas do ex-presidente Fernando Henrique, uma herança bendita”, afirma. Em sua 20ª edição, o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano mede a qualidade de vida sob três critérios: prosperidade econômica individual, os níveis de educação e expectativa de vida.

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05/11/2010