Fernando Pimentel descumpre lei e não reajusta salários dos professores do Estado
Os profissionais da rede estadual de ensino de Minas Gerais tiveram mais uma “surpresinha” ao abrirem os contracheques referentes ao mês de janeiro, que estão sendo pagos agora em fevereiro. Além do atraso e do escalonamento de salários imposto pelo governo estadual, eles tiveram o dissabor de constatar que o governador Fernando Pimentel, do PT, não cumpriu mais uma promessa feita à categoria: o reajuste dos salários, com base no índice de 11,36% aplicado pelo Ministério da Educação ao chamado “piso nacional”.
A promessa foi feita por Pimentel em maio do ano passado, com pompa e circunstância, em um evento visivelmente marqueteiro realizado na Assembleia Legislativa. Mais do que isso, foi transformada em Lei. Isso significa que, além de não cumprir a promessa feita aos profissionais da educação, o governo petista está descumprindo a própria legislação.
Pressionado pela categoria, o governo petista pediu mais tempo para avaliar o assunto. Informou apenas que vai pagar, mas não sabe quando terá dinheiro para honrar o compromisso. O assunto foi destaque na imprensa nesta sexta-feira (12/02).
Mais uma mentira em rede estadual
Coincidentemente, a informação de que o governo do PT não irá honrar o compromisso de reajustar os salários dos professores saiu no mesmo dia em que entrou no ar mais uma milionária (e enganosa) propaganda da Secretaria de Estado de Educação. Veiculada em rede estadual e em horário nobre de rádio e TV, a publicidade não tem nenhum sentido de utilidade pública, como determina a lei, e ainda conta uma lorota: afirma que a gestão petista “reajustou em 32% os salários dos professores” – o que, evidentemente, é uma mentira. Tal reajuste é ainda apenas uma promessa.
Aos companheiros, tudo! Aos professores, nada!
O curioso é que, desmentindo o comercial que está no ar, o governador Fernando Pimentel, do PT, diz que o Estado não tem dinheiro para promover o prometido reajuste dos profissionais da Educação, mas autorizou o pagamento de polpudos jetons para secretários de Estado que integram conselhos de administração de estatais. Em 2015, o governo estadual desembolsou nada menos do que R$ 900 mil em jetons para turbinar os salários de oito de seus 20 secretários. Para se ter uma ideia, em apenas um mês (dezembro/2015) a remuneração do secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, chegou a R$ 90 mil, sendo mais de R$ 42 mil só em jetons. Ao longo de todo o ano de 2015, ele embolsou nada menos que R$ 255 mil – o equivalente a 323 salários mínimos.
Em reportagem publicada na quinta-feira (11/02), o jornal METRO lembrou que a gestão petista reajustou o valor dos jetons pagos aos secretários no ano passado. Para os que ocupam cargo no Conselho da Cemig, o aumento dos jetons foi de 60%, passando para R$ 11.556,37. Já na Codemig o reajuste foi de 50%, elevando a gratificação para R$ 7.500 por mês.