FMI piora projeções para a economia brasileira e diz que país encolherá 3,8% no ano
A economia do Brasil terá uma queda de 3,8% em 2016 e um crescimento nulo no ano que vem. A previsão é do Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com a entidade, o desempenho brasileiro deve ir na contramão do que acontece no resto do mundo, já que as estimativas para a economia global indicam alta de 3,2% neste ano e de 3,5% no próximo. Para o economista e deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), os dados do FMI provam que, ao contrário do que o governo sustenta, a crise instalada no país não tem nada a ver com um suposto quadro de recessão internacional.
“O Brasil está experimentando a maior recessão desde 1930. E diferentemente daquele período, em que a crise foi desencadeada a partir do choque externo da quebra da Bolsa de Nova York em 1929, os dados comprovam que o mundo já recuperou a rota de crescimento, já superou a crise mundial de 2008, enquanto o Brasil se afunda com desempenho econômico pífio e com anos sucessivos de crescimento negativo”, avaliou o parlamentar.
Como destaca matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quarta-feira (13), o relatório do FMI aponta que “incertezas internas” seguem dificultando a mudança de rumos da economia brasileira. A entidade afirma, ainda, que quando houver a normalização do ambiente político, o Brasil poderá voltar a crescer. Na visão de Pestana, isso só será possível com a saída de Dilma Rousseff da presidência.
“Essas novas projeções do Fundo Monetário Internacional reforçam a urgência de que tenhamos, rapidamente, uma mudança de rumo. O Brasil não suporta mais adiar um ataque frontal a esse ambiente de pessimismo global, de falta de confiança e credibilidade, de expectativas negativas em relação ao país”, afirmou. “Felizmente, a votação do impeachment se aproxima e tudo indica que nós teremos a mudança necessária e inadiável. Temos uma chance de mudar o rumo da economia”, completou o tucano.
O FMI avalia também que o Brasil precisa realizar medidas estruturais para aumentar a produtividade e o poder de competição. O órgão aponta, ainda, a necessidade de uma reforma fiscal no país para que haja uma retomada no crescimento.