Fracasso do leilão do trem-bala era esperado

Acompanhe - 12/07/2011

Para Antônio Imbassahy, obra é fruto da megalomania do governo federal

Brasília (12) – O fracasso no leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) já era esperado e absolutamente previsível, uma vez que é uma obra inviável, fruto da megalomania do governo federal, avalia o deputado Antonio Imbassahy. Para o parlamentar baiano, o projeto, que ainda poderá custar mais caro, também deverá usar dinheiro público se for orçado em mais de R$ 23 bilhões.

“Os metrôs estão com as obras interrompidas, os portos sem modernização, os aeroportos atrasados e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não anda. E mesmo assim, o governo insiste em um projeto que não tem nenhuma prioridade”, reprovou Imbassahy.

O trem-bala começou orçado em R$ 19 bilhões, já é estimado em R$ 33 bilhões, mas poucos creem que seja possível fazê-lo por menos de R$ 55 bilhões, segundo o Instituto Teotônio Vilela (ITV). O leilão do trem-bala estava marcado para 29 de julho, mas o prazo para a entrega das propostas venceu ontem, sem interessados.

O deputado Alberto Mourão (SP), acredita que mesmo com o subsídio do financiamento, a equação não fecha. “O governo está insistindo demais em algo que não vai dar certo. Se é para subsidiar, é melhor investir no setor de ferrovia e transporte de carga, que é fundamental”, avaliou.

Vanderlei Macris, também deputado federal pelo PSDB de São Paulo o descrédito dos consórcios estrangeiros evidencia a “incompetência do governo Dilma Rousseff”. O parlamentar destaca que empresas da Coreia, Japão, França e China desistiram de participar da empreitada.

“Não estamos mais em campanha eleitoral. É preciso seriedade, profissionalismo, e agora não será fácil contornar a desconfiança. Se não houver comprometimento nesse processo, não haverá alternativa para o transporte no Brasil, mas precisamos, também, não permitir abusos com o dinheiro público na instalação do TAV”, concluiu Macris.

Com informações do Diário Tucano – Foto: Paula Sholl