Fruet: Problemas no setor aéreo são fruto de má gestão
Do total de R$ 1,6 bilhão previsto para investimento, Infraero só gastou R$ 358 milhões
Do total de R$ 1,6 bilhão previsto para investimento, Infraero só gastou R$ 358 milhões
Brasília (07) – A lentidão na liberação de recursos para solucionar a falta de estrutura do setor aéreo reflete a má gestão da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Essa avaliação fio feita pelo deputado Gustavo Fruet (PR) , nesta segunda-feira, ao analisar a baixa execução da estatal que é responsável por 67 aeroportos.
Segundo a ONG Contas Abertas, do R$ 1,6 bilhão anunciado pela Infraero até o final do ano, R$ 358 milhões foram desembolsados entre janeiro e outubro. Ou seja, pouco mais de 22% e menos de um terço do programado. Com a proximidade da realização dos dois maiores eventos esportivos mundiais no país – Copa, em 2014, e Olimpíadas, em 2016 –, a possibilidade de um novo caos aéreo é concreta na opinião de especialistas ouvidos pela ONG.
Apesar dos números, a Infraero garante que estará preparada para atender o aumento da demanda e, inclusive, já há estudos para a abertura do capital da estatal, que aceleraria a modernização dos aeroportos. De acordo com o parlamentar, a estatal trabalha no limite. “Os dados mostram a baixa execução, pois a Infraero está sempre operando no limite. Isso é a crônica da má gestão. Nesse ritmo é difícil acreditar que os aeroportos não estarão sujeitos a alguma crise e que essa estrutura ficará pronta para receber a Copa de 2014”, avaliou o líder da Minoria na Câmara.
Em dez anos, a Infraero investiu nos aeroportos brasileiros R$ 3,6 bilhões. A cifra representa 41,2% do orçamento programado para o período (R$ 8,6 bilhões). Os dados são do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), vinculado ao Ministério do Planejamento. “É um problema crônico que vai se arrastando. Não houve uma mudança substancial na aplicação dos recursos pela Infraero durante o governo Lula”, criticou Fruet, que foi integrante da CPI do Apagão Aéreo.
Fonte: Diário Tucano