Fundo Postalis, abre mão de negócio, muda de ideia e paga mais caro

Acompanhe - 28/08/2015
correiosO Fundo dos Correios, Postalis, em maio de 2011, poderia ter adquirido 37,5% das ações relativas a um projeto destinado a criar, no Brasil, outra bolsa de valores.
Negócio, na ocasião, estimado em R$ 11, 8 milhões. No entanto, a instituição abriu mão.

Curiosamente, no segundo semestre do mesmo ano, por um motivo ainda desconhecido, o Postalis acabou mudando de ideia. Detalhe: para adquirir apenas 7,5% da participação no mesmo negócio, o equivalente a cinco vezes menos que o percentual oferecido. Desembolsou R$ 105 milhões.

Essas são algumas das informações que constam em matéria sobre o assunto, divulgada no jornal “O Globo”, na edição desta sexta-feira (28).

O jornal destaca as ações que deverão ser tomadas para que sejam conhecidos os motivos que levaram o Postalis a abrir mão inicialmente do empreendimento, mudar de ideia depois e pagar mais caro.
“Cabe agora à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador do setor, investigar o que ocorreu”, diz a reportagem.

Ainda segundo “O Globo”, a denúncia, encaminhada por um ex-sócio do projeto que apontou indícios de “ilícito de gestão temerária ou mesmo fraudulenta’’ na operação, provocou a abertura de procedimento administrativo no órgão. O objetivo é entender os motivos que levaram a Postalis — cujo patrimônio encolheu R$ 5,6 bilhões na última década por conta do aumento da expectativa de vida dos participantes e da má performance de investimentos — a pagar 44 vezes mais por uma ação em tão pouco tempo.

A reportagem destaca também que a nova denúncia atinge o Fundo no momento em que luta para não fechar as portas, após ter assinado em maio um Termo de Ajustamento de Conduta ( TAC) com a Previc.

“Para manter de pé aquele que já foi um dos cinco maiores fundos de pensão do país, com um patrimônio de R$ 10 bilhões e mais de 150 mil participantes, os gestores cortaram 25% da folha de pagamento e planejam cobrar dos funcionários dos Correios uma contribuição extra, a partir de 2016 e durante 15 anos e meio, para recuperar o equilíbrio financeiro da entidade.”

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28/08/2015