Gastos do país subiram acima da inflação no governo Dilma

Acompanhe - 25/05/2016

Durante a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff, a elevação das despesas obrigatórias do país foi superior à inflação. O custo com o programa Bolsa Família foi o que mais aumentou entre 2011 e 2015, em média, 7,1%. Mas apesar do crescimento dos custos, pouco foi revertido em avanços para a população. Desde o ano de sua criação, em 2003, o Bolsa Família teve apenas cinco reajustes, que pouco compensaram a alta nos preços registrada ao longo dos anos.

Para o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), os gastos do governo Dilma atenderam apenas a interesses eleitorais. “Não houve nenhum critério. Eram muito mais preocupações político-eleitorais do que critérios de atendimento social, com consequências para a população mais carente. Tudo isso deu consequência a uma gestão absolutamente fora da realidade orçamentária do país.”

No mesmo período, há registros de aumento nas despesas com pessoal, de 0,5%, e em gastos com seguro desemprego e abono salarial, de 2,9%. Apesar da mudança das regras para dar entrada no seguro-desemprego, a procura pelo benefício continua alta, especialmente em decorrência da baixa movimentação do mercado e consequente avanço das demissões. Para Vanderlei  Macris, os efeitos são consequência da gestão deficitária do PT.

“O seguro-desemprego é uma consequência nefasta de uma gestão mal encaminhada. O que precisa é uma revisão de todos eles para que se adequem a uma realidade que o país tem”, afirmou o deputado.

Especialistas alertam que a elevação de gastos no governo Dilma Rousseff será um grande desafio ao presidente em exercício, Michel Temer, que anunciou nesta semana a proposta de estabelecer um teto nominal para as despesas públicas, obrigatoriamente abaixo da inflação.

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25/05/2016