Governo Dilma interrompe novas bolsas de graduação e pós no exterior

Acompanhe - 07/04/2016

vestibular_2_0Os cortes do governo em áreas essenciais, como a educação, já começam a prejudicar estudantes brasileiros. A concessão de novas bolsas de estudo do CNPq para graduação e doutorado sanduíche (quando o estudante passa um período no exterior) foi interrompida pelo governo de Dilma Rousseff. Além disso, depois de anunciar durante a campanha eleitoral de 2014 mais de 100 mil novas vagas no Programa Ciência sem Fronteiras, o projeto não deve conceder novas bolsas em 2016 – assim como já ocorreu em 2015.

A redução do número de benefícios do CNPq já era perceptível em 2014, quando foram concedidas 10.626 bolsas para estudo fora do país. Em 2015, esse número caiu para 9.468. Já em 2016, há 6.607 bolsas de estudo no exterior em andamento.

O deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG) criticou a queda no número de benefícios para os estudantes. “Há um prejuízo porque são pessoas ligadas a universidades públicas através de trabalhos apresentados. As bolsas servem para aprimorar estudos e trazer para as universidades de origem não só titulação e certificação, que pesa na avaliação das universidades, como também estabelece muitas relações de pesquisa de cooperação bilateral”, afirmou.

Ciência com barreiras

Lançado como a principal inciativa da “pátria educadora” de Dilma, o Programa Ciência sem Fronteiras não sobreviveu à crise econômica e aos cortes no orçamento do governo. A principal bandeira eleitoral na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff não oferecerá neste ano nenhuma bolsa para os estudantes e aqueles que haviam sido selecionados tiveram seus benefícios cancelados.

O tucano criticou o modo como o governo petista conduziu o programa. Ele acredita que a intenção foi boa, mas que a falta de critérios e a má gestão fizeram o Ciência sem Fronteiras fracassar. “Eu sou crítico ao programa e acho que ele serviu como marketing para captar votos da classe média brasileira. Os alunos não são avaliados e foi um dinheiro mal gasto que não trouxe nenhuma contrapartida para o estado. Esse programa tem que ser revisto”, concluiu.

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07/04/2016