Governo Dilma: recessão fecha mais de 80 mil lojas
A recessão instalada pelo governo Dilma no país obrigou gigantes e pequenas empresas do varejo a fecharem mais de 80 mil lojas e cortarem quase 200 mil vagas formais para se adequarem à queda no consumo. É o que aponta levantamento preliminar feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). De acordo com matéria publicada no jornal O Globo desta segunda-feira (1°), o resultado representa um aumento de 52% em relação a 2014, quando 52,7 mil estabelecimentos encerraram as atividades. Para analistas, a redução de custos é uma tendência que deve se manter ao longo de 2016, e os segmentos dependentes de crédito tendem a ser mais afetados.
A deputada federal Geovania de Sá (PSDB-SC) afirma que a paralisação do comércio é um ciclo da recessão visível e notória no país devido à má gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). “Ela não consegue governar o país, caiu num descrédito muito grande que, consequentemente, impacta na economia do nosso país e os brasileiros acabam sofrendo muito. Isso é um ciclo, o comerciante que não consegue manter seus custos fixos tem que fechar, os que conseguem acabam tendo que reduzir seus custos e acabam demitindo seus profissionais, e a população acaba não comprando, já que o seu salário mal consegue pagar o que é prioritário como alimentação, moradia e energia. Tudo isso é reflexo desse governo que aí está”.
A tucana acredita que 2016 será um ano mais difícil que 2015. “As perspectivas de analistas econômicos é de que teremos um ano de grande recessão no nosso país e é consequência desse desgoverno que vem desde 2003 cada vez pior. A presidente Dilma, a partir do momento que foi para o seu segundo mandato, fez exatamente o contrário do que pregou durante a campanha eleitoral, mentindo para a população e estamos vendo apenas o início de uma grande recessão”, analisa.
Recentemente, seis empresas (Walmart, Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Marisa e C&A) anunciaram o fim de 153 unidades. Segundo a CNC, o número de lojas de grande porte caiu 9,5% em 12 meses considerando dados até outubro, um percentual superior ao dos pequenos varejistas, que tiveram queda de 8,3%. “O fechamento de lojas é generalizado. A renda do consumidor caiu, e o custo do crédito aumentou. As taxas de juros reais em torno de 8% inviabilizam o consumo de bens duráveis (como eletrodomésticos), mais sensíveis ao crédito. Há uma relação clara entre o desempenho de vendas e o fechamento de lojas”, explica Izis Ferreira, economista da CNC ouvido pelo jornal.
Conforme O Globo, um dos casos mais emblemáticos é o do Grupo Pão de Açúcar, que controla redes como Ponto Frio, que fechou 73 lojas, e Casas Bahia (três unidades encerraram atividades). Em 2015, 18 mil trabalhadores foram demitidos, uma redução de 11,2% no quadro, segundo dados do balanço até setembro – número inclui todas as dez bandeiras da empresa. Já o Walmart anunciou, há duas semanas, o fechamento de 60 lojas – corte representa mais de 10% da rede de 544 lojas no país.
Corte de vagas
O comércio varejista cortou 180,9 mil vagas formais em 2015. Segundo a União Geral dos Trabalhadores (UGT), houve 62 mil dispensas nas grandes redes. Segundo a matéria do jornal O Globo, o levantamento de demissões foi feito com informações da própria UGT, do Dieese e dos balanços das empresas.