Governo Temer cria “cheque reforma”, iniciativa do PSDB para obras em moradias populares

Acompanhe - 14/06/2016

O presidente em exercício, Michel Temer, autorizou a elaboração de um programa social destinado à reforma de moradias populares. Conhecido como “Cheque Reforma”, o programa prevê a liberação de crédito diretamente para as famílias promoverem melhorias em seus imóveis, como construção de banheiros, troca de telhado e instalações elétricas, como revela matéria publicada nesta terça-feira (14) pelo jornal Folha de S. Paulo.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), já recebeu o sinal verde para o lançamento do programa, que é baseado em experiências tucanas em Goiás e Pará – estados governados pelo PSDB. O “Cheque Reforma” vai atender famílias com renda até três salários mínimos, que vão receber entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para compra de material de construção. O valor deve ser 100% subsidiado.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) aponta a importância do projeto. Para o tucano, que também é médico, as mudanças podem influenciar na saúde pública brasileira. “Esse programa visa também melhorar os indicadores de saúde. Porque se você mora em uma residência ventilada, que tem iluminação, que tem a sua parte sanitária, sua tubulação, sua caixa d’água, sua fossa, com certeza tem reflexo na qualidade de saúde. Da criança até o idoso. Isso vem fazendo com que nós possamos ter e oportunizar essa melhoria habitacional.  Porque muitos daqueles não tem dinheiro para entrar no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e tudo isso gera essa melhoria de habitação.”

Temer também afirmou que vai tirar do papel a construção de 15 mil casas vinculadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mais de R$ 1 bilhão serão liberados em um prazo de 24 meses, sendo R$ 400 milhões ainda este ano. O deputado Raimundo Gomes de Matos criticou a atuação do governo de Dilma Rousseff diante do PAC, e acredita que o programa foi usado para propaganda política.

“O ‘programa de aceleração da comunicação’. Muita publicidade. E ‘plano de aceleração da corrupção’, que não se concretizou. Então, tudo isso gerou essa instabilidade em relação ao programa. Por isso que nós estamos dando apoio ao ministro Bruno com o presidente Michel para podermos fazer com que tenhamos avanços nessa área de habitação, saneamento, na área social.”

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14/06/2016