Governos do PT atacaram BNDES e prejudicam atuação de empresas brasileiras, afirma tucano

Acompanhe - 10/06/2016

luiz carlos hauly foto alexssandro loyolaA corrupção generalizada descoberta pela operação Lava Jato, promovida ao longo dos anos de governo do PT, pode trazer prejuízo direto ao Brasil no comércio bilateral com a Argentina. O alerta é do futuro embaixador brasileiro em Buenos Aires, Sérgio Danese. Em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (9), o diplomata comentou sobre o risco de perda de mercado para as empreiteiras brasileiras no país para concorrentes de outras partes do mundo, como europeus e até chineses, diante das dificuldades de financiamento, principalmente, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a situação é mais uma “herança maldita” deixada pelos governos petistas nesses 13 anos e quatro meses no comando do país. “Tivemos um tsunami ético-moral que acabou afetando o BNDES. Enquanto não esclarecer, não resolver todos os problemas gerados pelos catastróficos governos Lula e Dilma com os abusos e irregularidades cometidos não podemos fazer muito. Infelizmente, nesse momento, temos que aguardar o desenrolar das investigações e do levantamento que está sendo feito no BNDES e nos outros bancos para apurar as irregularidades nesses últimos anos. Lamentavelmente, nesse aspecto de construção [do país], teremos que aguardar, seja com a Argentina ou com qualquer outro país”, lamentou o parlamentar, que é vice-presidente presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional na Câmara.

Segundo o embaixador Danese, as construtoras nacionais participam atualmente de 11 projetos de infraestrutura no país vizinho. De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira (10), dados oficiais comprovam que o BNDES, em meio à Lava Jato, enxugou os recursos disponíveis para a exportação de serviços de engenharia – principal fonte de financiamento às obras tocadas por construtoras brasileiras no exterior. O volume de desembolsos liberados em todas operações globais caiu de US$ 1,3 bilhão em 2013 para US$ 982 milhões em 2014.

No ano passado, houve novo recuo: saíram apenas US$ 528 milhões dos cofres do banco e, conforme apuração do Valor com uma grande empreiteira, nenhum desembolso é feito desde outubro. “Tem muito o que esclarecer no BNDES com esses empréstimos feitos a países estrangeiros, a empreiteiras que fizeram obras e serviços no exterior, por isso, é melhor ter um pouco de cautela com toda essa situação, independente, se vai perder ou não o mercado. Isso é uma questão que fica em segundo plano nesse momento, precisamos consertar o país, o BNDES e o estrago que foi feito”, destacou o tucano.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria.

X
10/06/2016