Hauly diz que alerta do Fórum Econômico reforça que governo não conseguirá resolver problemas da economia
A situação da economia brasileira, cada vez mais deteriorada pelas medidas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff, foi alvo de alerta do Fórum Econômico Mundial, instituição que realizará sua reunião anual em Davos, na Suíça, entre os dias 20 e 23 deste mês. Conforme informações de matéria publicada nesta quinta-feira (14) pelo jornal O Estado de São Paulo, a organização apontou que o país não fez as reformas necessárias enquanto surfava na onda das commodities e que agora será ainda mais complicado promover as transformações pelas quais o Brasil precisa passar. O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) classificou o aviso como “mais um alerta vermelho dizendo que vai muito mal a situação do Brasil e que esse governo não tem como resolver os problemas da economia brasileira”.
Ouvida pela reportagem do Estadão, a economista-chefe do fórum de Davos, Jennifer Blanke, destacou a dificuldade que o Brasil enfrentará para implantar as medidas para uma reforma econômica. “Os anos bons, aqueles com um boom de commodities, era o momento de reformar a economia. Nós, no fórum, já dissemos isso na época. O preço não continuaria alto e o Brasil precisava olhar para sua produtividade. Lamentavelmente, eles não usaram esse momento para fazer as reformas. Em tempo de crise, será bem mais difícil”, ressaltou.
A perda de representatividade do país no cenário mundial também foi avaliada por Hauly. O parlamentar salientou que o Fórum sediado em Davos é apenas mais uma organização internacional a constatar as más condições da economia brasileira. “As agências de risco, União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Japão, todos já tinham detectado que aqui a coisa vai de mal a pior”, afirmou. “É um processo que vai demandar anos de sacrifício para a população brasileira”, encerrou o deputado.
O sinal negativo dado pelo Fórum Mundial, contudo, não parece ter sensibilizado a presidente, que cancelou sua viagem à Suíça. Assim, o Brasil será representado pelo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ao todo, mais de 50 chefes de governo ou Estado vão participar do evento.
