Herança maldita: taxa de desemprego entre jovens é maior que a média nacional
No último ano, mais de um milhão de jovens entre 18 e 24 anos ficaram desempregados. Somados aos que estão em busca de oportunidade no mercado de trabalho, o número cresce para 3,680 milhões, o que corresponde a 24,1% das pessoas nessa faixa etária. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego entre os jovens é duas vezes e meia a média nacional. Além da crise econômica, especialistas alegam que a falta de experiência e os menores custos de demissão para o empregador tornam a situação do jovem mais frágil. Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), a situação se explica pelo fato de que o governo do PT deixou de lado políticas que estimulam a contratação dos jovens.
“Falta um pouco de experiência e preparo, mas a culpa não é só dos jovens. Políticas públicas voltadas para os jovens foram deixadas de lado no governo passado, da presidente afastada, e o jovem acabou sofrendo muito com o desemprego. Algo tem que ser feito. Talvez criar um incentivo a esses jovens de 18 a 24, também criar algo para os nossos jovens que acabam ficando fora do mercado de trabalho, com dificuldade de acesso ao primeiro emprego”, declarou a tucana.
Daniel Braga, de 19 anos, concluiu o ensino médio em 2014, em Goiânia, e investiu bastante em cursos técnicos após a formatura. Há poucos meses, o jovem concluiu os cursos de eletrotécnica e gestão em segurança pública. O investimento ainda não surtiu o efeito desejado, e o jovem busca pelo primeiro emprego há quatro meses. Mas, apesar das dificuldades, Daniel acredita que as mudanças no governo resultem em melhorias nesse cenário.
“Não é só o jovem, mas toda a população, jovens e adultos. Deve ser pela crise que o Brasil está passando, com tantas dívidas. Mas minha expectativa é que o Brasil melhore. Com essa mudança, eu creio que o país possa crescer a cada dia”, afirmou Daniel.
O Brasil possui hoje 11 milhões de pessoas sem trabalho. Segundo o IBGE, só nos três primeiros meses de 2016, o desemprego ultrapassou os 10% da população.
