Inadimplência atinge índice histórico no Brasil
Índice de 6% verificado em maio é o maior desde o início das medições, há 12 anos

Brasília – A inadimplência no Brasil alcançou seu recorde histórico no mês de maio. O índice foi de 6%, o maior já observado desde o início das medições, em junho de 2000. Entre as pessoas físicas, os calotes chegam a ser verificados em 8% das operações.
A marca ocorre em um momento em que o governo federal tenta aquecer a economia por meio de um estímulo desenfreado ao consumo. O principal mecanismo para a tática é a redução de alíquotas ou mesmo a isenção de impostos como IPI e IOF, ligados a operações como a compra de automóveis. Com a diminuição da tributação, os preços dos bens ficam mais atraentes e a população tende a contrair dívidas para adquirir os produtos.
Segundo o deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO), o recorde da inadimplência é “extremamente preocupante”, por conta dos efeitos para as famílias e para a economia nacional. “O excesso de dívidas compromete a renda familiar e leva ao desaquecimento da economia. É algo que precisa ser revertido”, disse.
O parlamentar define a marca como um efeito de políticas equivocadas empreendidas por parte do executivo. “Ao invés de mexer nas bases da economia, o governo Dilma Rousseff acreditou que poderia melhorar a situação apenas por meio da oferta excessiva de crédito e da redução pontual de impostos. Mas este dado mostra que crédito é algo que deve ser utilizado com parcimônia. Não deve ser tratado como a panaceia universal para a salvação da economia”, declarou Vilela, integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.