Izalci critica questões de tom político em prova para a Procuradoria de MG: “PT aparelhou todo o sistema”

Acompanhe - 25/05/2016

izalci foto Agencia CamaraBrasília (DF) – Uma prova de português para a formação de cadastro reserva de estagiários da Procuradoria da República (MPF) de Minas Gerais gerou polêmica entre os candidatos por conta do tom político das questões. Aplicada no último domingo (22), a prova continha críticas à Operação Lava Jato e ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. As informações são de reportagem desta quarta-feira (25) do jornal O Globo.

Dentre as questões analisadas pelos candidatos, estavam frases como “os golpistas ficaram prostrados com a reação que se viu nas ruas em defesa da democracia”, “o analfabetismo político é um mal cada vez mais comum em quem assiste ao Jornal Nacional”, e “o juiz infringiu a legislação ao divulgar o conteúdo das interceptações telefônicas”, em citação indireta ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato.

Segundo o MPF, a servidora comissionada responsável pela elaboração das questões já foi exonerada. O órgão informou que instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido, “uma vez que as opiniões externadas não refletem a visão da instituição”.

Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), o episódio demonstra o nível do aparelhamento que as gestões petistas de Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveram nos órgãos públicos brasileiros ao longo de 13 anos no poder.

“O PT vem fazendo isso há muito tempo, tentando realmente doutrinar as crianças nas escolas. Na prática, nós temos que coibir qualquer atitude nesse sentido. Tem que ser denunciado, tem que ser cancelado mesmo”, afirmou. “O PT aparelhou todo o sistema, todos os órgãos, todas as instituições. Precisamos de uma mudança completa nos órgãos públicos”, disse.

O parlamentar defendeu uma ‘faxina completa’ nas instituições brasileiras, de forma a remover os traços de aparelhamento e melhorar o funcionamento da máquina pública.

“Foi por isso que eu apresentei o projeto ‘Escola sem Partido’, que é exatamente para evitar essa politização desde cedo, dentro das escolas. Evitar de colocarem interesses partidários na educação”, destacou. “É preciso realmente uma limpeza geral para poder voltar à normalidade, tratar as instituições realmente como de Estado, e não de governo ou de partido”, completou.

Leia AQUI a íntegra da matéria do jornal O Globo.

X
25/05/2016